História do Brasil Período da República Velha é um dos assuntos mais cobrados na prova do Enem Charges relativas à época costumam aparecer no exame de ciências humanas e suas tecnologias

Por: Max Felipe - Especial para o Diario

Publicado em: 11/10/2015 09:07 Atualizado em:

A estudante Juliana Torres assistiu a filmes, vídeo aulas e responde questões de prova para se preparar para o Enem. Foto: DP/D.A. Press
A estudante Juliana Torres assistiu a filmes, vídeo aulas e responde questões de prova para se preparar para o Enem. Foto: DP/D.A. Press

Na época, não existia internet, o telégrafo era uma ferramenta valiosa de comunicação. Foi assim que o Diario de Pernambuco, o mais antigo em circulação na América Latina, fez a cobertura da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Frequente em todas as edições da prova de história do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no dia 24 de outubro, a República Velha é um dos assuntos mais cobrados.

O editorial do jornal da edição do dia 16 de novembro de 1889, foi dedicado à Proclamação da República. “Amargurados dias foram estes reservados para o último quartel do reinado de Sua Majestade o Imperador! (...) E o governo, que assim sábio triumphante [triunfante] dos comicios [comícios] viciados, por uma conspiração, desta feita de caracter [caráter] nimiamente (demasiadamente) alarmante, por uma conspiração militar que se inicia por um crime”, noticiou.

A figura do coronel era muito comum nos anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. “Voto de cabresto” era o nome dado à prática dos proprietários de terra de chantagear e usar da violência de jagunços para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos seus candidatos.

Referente à essa época, o professor de história do Colégio Motivo Rodrigo Pessoa orienta que é comum o uso de charges relativas a esse período na prova de ciências humanas e suas tecnologias, no dia 24 de outubro de 2015. “Muita atenção às ilustrações, muitas vezes as respostas estão evidentes dentro delas. Na verdade, o Enem quer que você faça uma boa interpretação daquilo que você está vendo e lendo. Então que o candidato seja realmente objetivo”, comentou.

A aluna Juliana Torres, do último ano do Motivo, assiste a filmes, videoaulas e responde exercícios das provas passadas do Enem. “ É um assunto muito bom de estudar porque ajuda a entender o contexto social da época”, explicou Juliana.

Em 1930, o gaúcho Getúlio Vargas articulou um golpe de estado. Ele se juntou a alguns militantes de esquerda que queriam acabar com a política do café-com-leite (alternância de paulistas e mineiros na presidência). O ato ficou conhecido como Revolução de 1930 e consolidou a figura de Vargas como um dos presidentes mais emblemáticos que já governaram o Brasil.

Banditismo marcou época 

Virgulino Ferreira da Silva, conhecido por Lampião, nasceu em Serra Talhada no dia 7 de julho de 1897. Foi um cangaceiro brasileiro, que atuou em todo o Nordeste, exceto no Piauí e no Maranhão, ficando conhecido como Rei do Cangaço, por ser o mais bem-sucedido líder cangaceiro da história que atuou no período da República Velha. Ele comandava um grupo de cangaceiros que fazia assaltos e também sequestros, passando assim a ser procurado por diversos policiais de vários estados do Nordeste.

A região sertaneja na qual Lampião morava era marcada pela seca, a pobreza e também um grande número de conflitos familiares. Sua família, por sinal, estava envolvida nesses conflitos morais, o que resultou na morte de seu pai em 1919, vítima de um confronto com a polícia. A partir disso, ele jurou vingança à morte de seu pai e passou a agir com muita rigidez no Sertão, tornando-se um mito no que se referia à disciplina.

Os cangaceiros foram atacados definitivamente por ação do estado no governo de Getúlio Vargas. Este determinou que qualquer foco de desordem no território deveria ser eliminado e empreendeu uma caçada por Lampião, símbolo do Cangaço. Lampião foi morto no dia 28 de julho de 1938. Vários cangaceiros foram degolados e suas cabeças foram conservadas para exposição no Nordeste, como forma de demonstração do que aconteceria com os não cumpridores da ordem.



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