Categoria Policiais civis se reúnem hoje em assembleia geral

Publicado em: 02/09/2015 09:32 Atualizado em: 02/09/2015 09:54

Os policiais civis de Pernambuco reúnem-se em assembleia geral nesta quarta-feira. A reunião, convocada pela direção do sindicato da categoria (Sinpol), vai discutir os próximos passos da operação Polícia Cidadã, a manutenção da entrega dos plantões do Programa de Jornada Extra da Segurança Pública (PJES), mobilizações e próximos atos da classe. O encontro está marcado para as 18h, na sede do sindicato, na Rua Frei Cassimiro, bairro de Santo Amaro, no Recife.


Na quarta-feira passada, a categoria promoveu o Dia Estadual de Mobilização, com atos em dez cidades pernambucanas para denunciar a falta de condições adequadas de trabalho que tem tirado o sono da categoria. No Recife, a manifestação aconteceu na Praça do Derby. Foram realizados atos também em Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Petrolina, Goiana, Serra Talhada e Salgueiro.

No dia 19 de agosto, os trabalhadores fincaram 2.239 cruzes na praia de Boa Viagem para representar o número de assassinatos registrado só este ano no estado. Na época, o sindicato contabilizava ainda cerca de mil assaltos a ônibus e mais de oito mil veículos roubados ou furtados em 2015 no estado, acrescentando que o policiamento, no entanto, é feito por apenas 40% do efetivo necessário.

A categoria cobra melhores salários e  condições de trabalho, alegando que faltam condições mínimas, com delegacias sem água, papel higiênico e sem material de escritório. Os sindicalistas apontam que o governo não negocia reajustes, alegando limites gerados pela lei de responsabilidade fiscal, deixando os policiais desmotivados e insatisfeitos.

No dia 10 de agosto, o Sinpol ajuizou uma Ação Direta no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a inconstitucionalidade do Programa de Jornada Extra da Segurança Pública (PJES). Áureo Cisneiros, presidente do sindicato, alegou que o programa é o responsável por problemas de saúde na categoria que chega a realizar, por mês, 96 horas extras a mais que a escala normal.



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