Saúde Residentes do Hospital Getúlio Vargas cruzam os braços nesta quinta-feira Profissionais irão paralisar atendimentos por 24 horas, para solicitar melhores condições de trabalho.

Por: Alice de Souza - Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/08/2015 08:30 Atualizado em:

Os médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, prometem realizar uma paralisação, na próxima quinta-feira (27), em função da falta de condições de trabalho na unidade. Um total de 105 profissionais residentes vão cruzar os braços, por volta das 8h, interrompendo o trabalho no ambulatório, emergência, cirurgias e outros setores. Eles afirmaram voltar ao trabalho apenas na sexta-feira, mas permanecer até a segunda-feira (31) sem atender na emergência do hospital.

Os médicos residentes reclamam a ausência de serviço de segurança privada no HGV há mais de 15 dias, além da constante falta de materiais de trabalho. “Já ocorreram pequenos furtos na unidade, assim como pessoas entrando de qualquer jeito. Não aceitamos trabalhar colocando nossa vida em risco”, afirmou o membro da Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR) e residente do HGV Mauriston Martins.

No último dia 12 deste mês, os residentes já haviam denunciado a interrupção nas cirurgias eletivas por causa de ausência de materiais como compressas e gases. “Esse problema foi corrigido, mas outros pontuais continuam acontecendo. Nesta semana, precisamos interromper o Raio-X, os elevadores estavam quebrados. Sempre tem algo que dificulta o trabalho”, acrescentou Mauriston Martins.

No início do mês, os residentes haviam entregue uma pauta de reinvidicações para a direção da unidade, com pedidos como parcerias com a Polícia Militar de Pernambuco para reestabelecer a segurança na unidade e a formalização de um plano de otimização do gerenciamento dos estoques. Eles pediam intervenção imediata para algumas demandas e, no máximo, uma semana para outras.

Segundo os residentes, a unidade resolveu algumas queixas, mas disse que outras estavam além da competência deles, em função da crise de recursos. Na segunda-feira (31), os residentes voltarão a se reunir para decidir se permanecem com os serviços de emergência parados.

Em nota, a direção do Hospital Getúlio Vargas informou que não foi notificada oficialmente sobre nenhuma paralisação de médicos residentes e esclareceu que “não tem medido esforços para manter abastecidos os estoques de insumos da unidade”. Sobre os vigilantes, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os repasses à empresa terceirizada já estão sendo realizados e os profissionais devem normalizar as atividades nesta quarta-feira (26).


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