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Mobilidade
R$ 75 milhões para tapar buracos no Recife
Além da operação verão de tapa-buraco, Prefeitura do Recife vai propor projeto de lei para regulamentar intervenções no pavimento
Publicado: 19/08/2015 às 17:17
A combinação de chuvas e nível superficial dos lençóis freáticos empurra o revestimento das vias do Recife para o desgaste rápido e constante. Não bastando isso, as intervenções irregulares por empresas ajudam a aumentar a quantidade de buracos nas ruas e avenidas. A Prefeitura do Recife dará início, a partir de setembro, à operação verão de recapeamento e tapa-buracos. O investimento será de R$ 75,3 milhões. Além da operação, um projeto de lei irá regulamentar a abertura do piso por concessionárias e empresas privadas, sob pena de multas de até R$ 50 mil. Em fase de conclusão, o PL será levado à Câmara dos Vereadores nos próximos dois meses.
Com 2,2 mil quilômetros de vias, a capital pernambucana tem hoje cerca de 40% de cobertura asfáltica. Ou seja, menos da metade das vias da cidade é responsável pelo consumo de praticamente todo orçamento da operação tapa-buracos da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Nos anos de 2013 e 2014, respectivamente, foram gastos cerca de R$ 36 milhões e R$ 56 milhões para consertar falhas no asfalto e fazer manutenção do paralelepídedo e placas de concreto.
O objetivo do projeto de lei é evitar que intervenções para conserto de canos, instalação de tubulação de gás e até de telefonia sejam feitas fora dos padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (Abnt) e pelos cadernos de encargos da Emlurb. Com isso, os gastos com recapeamentos seriam reduzidos.
“As concessionárias precisariam de anuência e depois passariam por fiscalização. Hoje há fiscais, mas não há legislação para municiar o município a aplicar multas”, explicou a diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Fernandha Batista. A proposta em estudo é de que, além do pagamento das multas, as empresas façam o custeio da reparação, a ser executada pelo poder público.
Meta
Até abril do próximo ano a meta do município é tapar cerca de 2 mil buracos por mês e recapear até 25 km mensalmente, entre trocas de placas de concreto, asfalto e substituição de paralelos. A prioridade serão vias com alto grau de degradação, seguidas dos corredores de transporte coletivo e vias de acesso a equipamentos públicos como escolas e postos de saúde.
“Multiplicamos por cinco os investimentos feitos antes da gestão nessa área, mas a frota triplicou nos últimos 15 anos”, explicou o prefeito Geraldo Julio. A quantidade de obras e o período chuvoso justificariam o volume de buracos. Entre as vias por onde as intervenções começarão estão as avenidas Conselheiro Aguiar, Norte e as ruas dos terminais de ônibus.
Dez anos para resolver pavimento
Pelo menos 10 anos seriam necessários para acabar com problemas crônicos de desgaste do revestimento de algumas ruas da cidade. Isso mantendo a mesma média de investimentos atual. A estimativa é da prefeitura do Recife, a partir de um diagnóstico da situação de cada um dos 2,2 mil km de ruas e avenidas. A partir deste ano, a Operação Verão contará com o apoio de um sistema americano chamado de Micro Paver (Sistema de Manutenção e Gestão do Pavimento), também conhecido como SGP, para dar maior precisão.
A tecnologia é capaz de mapear em tempo real as condições funcionais e estruturais da rede, caracterizar o tráfego na cidade e sua influência no desgaste do pavimento, definir soluções de manutenção mais apropriadas, além de elaborar um plano plurianual de investimentos.
“Não temos recursos suficientes para fazer a manutenção regular, então o sistema ajuda a identificar qual avenida que realmente precisa de manutenção. Os dados devem compor um inventário para futuramente a população saber onde a obra foi feita”,afirmou Antônio Barbosa, presidente da Emlurb.
Com 2,2 mil quilômetros de vias, a capital pernambucana tem hoje cerca de 40% de cobertura asfáltica. Ou seja, menos da metade das vias da cidade é responsável pelo consumo de praticamente todo orçamento da operação tapa-buracos da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Nos anos de 2013 e 2014, respectivamente, foram gastos cerca de R$ 36 milhões e R$ 56 milhões para consertar falhas no asfalto e fazer manutenção do paralelepídedo e placas de concreto.
O objetivo do projeto de lei é evitar que intervenções para conserto de canos, instalação de tubulação de gás e até de telefonia sejam feitas fora dos padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (Abnt) e pelos cadernos de encargos da Emlurb. Com isso, os gastos com recapeamentos seriam reduzidos.
“As concessionárias precisariam de anuência e depois passariam por fiscalização. Hoje há fiscais, mas não há legislação para municiar o município a aplicar multas”, explicou a diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Fernandha Batista. A proposta em estudo é de que, além do pagamento das multas, as empresas façam o custeio da reparação, a ser executada pelo poder público.
Meta
Até abril do próximo ano a meta do município é tapar cerca de 2 mil buracos por mês e recapear até 25 km mensalmente, entre trocas de placas de concreto, asfalto e substituição de paralelos. A prioridade serão vias com alto grau de degradação, seguidas dos corredores de transporte coletivo e vias de acesso a equipamentos públicos como escolas e postos de saúde.
“Multiplicamos por cinco os investimentos feitos antes da gestão nessa área, mas a frota triplicou nos últimos 15 anos”, explicou o prefeito Geraldo Julio. A quantidade de obras e o período chuvoso justificariam o volume de buracos. Entre as vias por onde as intervenções começarão estão as avenidas Conselheiro Aguiar, Norte e as ruas dos terminais de ônibus.
Dez anos para resolver pavimento
Pelo menos 10 anos seriam necessários para acabar com problemas crônicos de desgaste do revestimento de algumas ruas da cidade. Isso mantendo a mesma média de investimentos atual. A estimativa é da prefeitura do Recife, a partir de um diagnóstico da situação de cada um dos 2,2 mil km de ruas e avenidas. A partir deste ano, a Operação Verão contará com o apoio de um sistema americano chamado de Micro Paver (Sistema de Manutenção e Gestão do Pavimento), também conhecido como SGP, para dar maior precisão.
A tecnologia é capaz de mapear em tempo real as condições funcionais e estruturais da rede, caracterizar o tráfego na cidade e sua influência no desgaste do pavimento, definir soluções de manutenção mais apropriadas, além de elaborar um plano plurianual de investimentos.
“Não temos recursos suficientes para fazer a manutenção regular, então o sistema ajuda a identificar qual avenida que realmente precisa de manutenção. Os dados devem compor um inventário para futuramente a população saber onde a obra foi feita”,afirmou Antônio Barbosa, presidente da Emlurb.
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