Amizade
Conheça as quatro cidades irmãs do Recife ao redor do mundo
Acordos bilaterais podem proporcionar programas nas áreas cultural, científica, econômica e educacional
Publicado em: 17/08/2015 06:54 Atualizado em: 17/08/2015 08:42
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Amsterdã é uma das cidades irmãs do Recife. |
Os laços de irmandade que unem o Recife a outras cidades do mundo são capazes de tornar mais próximas relações em áreas como cultura, educação e economia. O Recife já se tornou cidade-irmã de Porto, em Portugal, Amsterdã, na Holanda, e, mais recentemente, de Nantes, na França e Guanghzou, na China. Essa ligação se torna mais estreita na medida em que são desenvolvidos projetos de cooperação. Embora não sejam capazes de assinar tratados internacionais, próprios de cada país, as cidades podem manter entre si programas bilaterais.
As atividades realizadas em consequências dos acordos são variadas. Em uma cidade podem ser realizados workshops, feiras, reuniões, entre outras formas de divulgar a cultura ou as oportunidades econômicas da irmã. Em 2009, por exemplo, a biblioteca de Nantes iniciou um vínculo com a biblioteca comunitária de Caranguejo Tabaiares, na Ilha do Retiro, no Recife, que é mantido até hoje.
Dez crianças da biblioteca recifense têm aulas de francês e trocam regularmente materiais com os usuários da unidade europeia. “Em dezembro, enviamos o desenho de um caranguejo com perguntas dos meninos daqui para os de lá responderem. Fazemos videoconferência com eles semestralmente, mas o encontro pessoal ainda é um sonho”, explicou o coordenador da biblioteca, Rogério Pereira, 32.
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Crianças de Nantes recebem material realizado pelos meninos da Biblioteca Comunitária de Caranguejo tabaires. |
As cidades não são escolhidas por acaso, segundo o professor de relações internacionais da Faculdade Estácio, Élton Gomes, irá pesar o que cada uma tem a oferecer. “No caso de Guangzhou, a ligação é especialmente comercial, por ser uma cidade é industrial e portuária, num país que negocia cada vez mais com o Brasil”, apontou o professor.
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Felipe Mattos é recifense e vive em Guangzhou, a cidade irmã mais distante do Recife. |
O modelo fotográfico recifense Felipe Mattos, 27, descobriu as oportunidades de negócios em Guangzhou há dois anos e meio quando foi chamado para trabalhar no local. Hoje, investe o dinheiro que ganhou com fotos em uma produtora de vídeos. Mas ainda não se acostumou com a culinária. “Peixe e camarão chegam à mesa meio vivos, se batendo. Tem galinha quase crua com cabeça e pata no prato. Os cachorros também são usados para comer aqui, o que me deixa muito mal”, contou. Em julho, Felipe divulgou o vídeo abaixo, que realizou sobre a cidade com a sua ótica recifense.
Guangzhou é a bola da vez. As relações com Porto e Amsterdã que já foram muito intensas no passado, hoje estão quase esquecidas. “Em geral, esse acordos são efêmeros. Há um contexto que favorece aquele acordo, mas depois são esquecidos”, afirmou o secretário-executivo do Gabinete de Representação em Brasília da Prefeitura do Recife, Gustavo Maia. A cidade de Porto, parece ser a menos esquecida pelos dois povos. Ainda em 2012, um ano antes de a gestão atual tentar contato e não obter resposta, o prefeito do Porto, Rui Rio, visitou a Câmara Municipal do Recife e lembrou a importância do acordo, cuja data de origem nem mesmo especialistas em Relações Internacionas souberam precisar. Os dois prefeitos anteriores a Geraldo Julio também visitaram a cidade europeia.
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