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ActionAid Projeto social muda realidades nas comunidades carentes do Grande Recife

Publicado em: 02/07/2015 17:41 Atualizado em:

Um dos orgulhos de Carla Nascimento, 16 anos, é de ser uma pessoa conhecida entre os moradores de Charneca, no Cabo de Santo Agostinho. A popularidade dela foi um dos intrumentos usados para replicar o conhecimento obtido no projeto de combate à exploração sexual e uso de drogas implementado pela ActionAid em comunidades da Região Metropolitana do Recife. Os resultados da iniciativa de três anos foram apresentados ontem, durante seminário na Universidade Católica de Pernambuco.

O objetivo do projeto era conscientizar as meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade no Cabo de Santo Agostinho e nas comunidades de Passarinho, Ibura e Jordão, no Recife. Um total de 390 meninas participaram de capacitações e cerca de 130 viraram referência para a comunidade, compartilhando as informações obtidas em oficinas, palestras, sessões de terapia e encontros familiares com 1,9 mil jovens.

Em Charneca, Carla conseguiu conversar com amigos usuários de drogas e amigas que já haviam inclusive engravidado por situação de exploração sexual. “Percebemos que na comunidade havia um problema grande de diálogo entre pais e filhos”, comentou. “Trabalhamos no Recife em comunidades onde há muito tráfico de drogas e a exploração é mascarada”, diz a gestora do projeto, Daiane Dultra.

Um plano comunitário de enfrentamento à exploração sexual foi entregue pelo projeto aos gestores públicos. Ontem, durante o seminário, a ActionAid fez o lançamento da campanha “As rochedas”, para perpetuar a conscientização com relação à autonomia de meninas e mulheres via redes sociais.

“A ideia é, além de tratar o pertencimento, demonstrar a fala das meninas e convidar a sociedade para estar junto com a gente nessa luta contra a exploração sexual”, afirmou Daiane Dultra.


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