
Moradores divulgaram fotos nas redes sociais. Foto: Cortesia/Divulgação/
Depois de uma intervenção realizada na tarde deste domingo, moradores da Rua da Amizade, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, solicitaram a suspensão de uma erradicação de árvores na região, impedindo o trabalho da Prefeitura do Recife. Nas redes sociais, circulam fotos de árvores podadas e cortadas numa ação da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Os moradores reclamam que esta é a segunda intervenção feita em menos de 30 dias e defendem a arborização no bairro.
“A Rua da Amizade é um exemplo de patrimônio ambiental da cidade. Não podemos simplesmente erradicar árvores cententárias sem que ao menos os cidadãos tenham conhecimento do porquê”, reclamou o morador Fernando Holanda, que reside nas Graças há 10 anos. Os moradores criticam a Prefeitura do Recife por priorizar, segundo eles, ações de erradicação. Uma comissão formada por eles vai protocolar um pedido de informações na Emlurb. A intenção é pedir um laudo técnico de cada árvore da rua, bem como seu histórico de manutenções, com informações sobre podas e replantios.
Uma das críticas dos moradores é a queda de uma árvore centenária, há pouco mais de dois meses, ameaçando moradores, pedestres e motoristas. Segundo eles, a queda teria sido causada por agressões sofridas por caminhões de grande porte e por uma tubulação da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que teria estourado dias antes da queda.
Ao Diario, a Emlurb esclareceu, em comunicado ao jornal, que o serviço de remoção de oitizeiro realizado na Rua da Amizade, nas Graças, foi “interrompido por moradores da área e não pode ser finalizado. A árvore, que foi previamente vistoriada pelos técnicos do órgão, apresenta sério risco de queda, com grande inclinação para a via”. Ainda nesta semana, a empresa vai enviar um ofício ao síndico do prédio onde o incidente aconteceu.
“A manutenção da arborização da via, realizado neste domingo, foi uma continuidade do trabalho executado no final do mês passado, quando ficaram pendentes ações que dependiam do desligamento da rede de energia elétrica pela Celpe, o que não foi possível da primeira vez”, finalizou a nota.

