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Seu Chico Ladrão de bancos e traficante procurado do Nordeste é preso em casa em Santa Cruz do Capibaribe

Publicado em: 24/07/2015 07:29 Atualizado em:

Um dos criminosos mais procurados do Nordeste foi preso em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste do estado. Suspeito de chefiar uma quadrilha interestadual de assalto a banco, o paraibano José Ricardo de Souza Silva, 29 anos, conhecido como Seu Chico, foi encontrado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da Paraíba numa casa de muro alto e com dezenas de câmeras. Ele era procurado desde 2008 e é apontado como sucessor do também paraibano Gilson Beira-Mar, o “Fernandinho Beira-Mar do Nordeste”.

De acordo com a polícia, o dinheiro roubado nos assaltos a banco era usado para financiar outros crimes, como tráfico de drogas, adulteração de placa de veículos e venda ilegal de armas. O próximo passo da investigação será apurar a lavagem de dinheiro da quadrilha. Empresas e bens de alto valor foram comprados por familiares de José Ricardo. A polícia suspeita que o dinheiro do crime foi usado nas aquisições.

“Ele tinha recursos para alimentar várias células criminosas, por isso, era um dos mais procurados da região. Apesar de ser muito conhecido no meio criminoso, ele atuava como um ‘fantasma’ e não participava diretamente das investidas nas instituições financeiras”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Állan Terruél. “As explosões dos caixas eletrônicos funcionavam como uma captação de recursos para investir em outras atividades ilícitas. Com a prisão do líder e de integrantes no Maranhão e Piauí, o grupo está desarticulado”, completou.

Após dois meses de investigações feitas por 15 policias, a prisão do suspeito aconteceu no último dia 15. Ontem, ele foi interrogado na Paraíba e negou envolvimento com a quadrilha. “Durante as diligências, conseguimos comprovar a participação do grupo em três crimes, mas ele é suspeito ainda por outras ações criminosas, como homicídio, porte e comercialização ilegal de armas e tráfico de drogas”, pontuou o delegado. Os crimes que constam no inquérito aconteceram em Poção, no Agreste pernambucano; em Taperoá e Boqueirão, na Paraíba. Nesses três delitos, a quadrilha teria roubado cerca de R$ 1 milhão.

Em Pernambuco, os integrantes se reuniam em Santa Cruz do Capibaribe para planejar os crimes. “De lá, eles se distribuíram para o Recife, Caruaru, Campina Grande (Paraíba) e cidades de outros estados”, disse Állan. José Ricardo é suspeito ainda de emprestar armas e veículos para que os outros grupos atuassem. Ele é considerado o sucessor do criminoso com atuação interestadual Gilson Beira-Mar, preso em 2011 e recapturado em 2014. Atualmente, Gilson cumpre pena em um presídio federal.

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