Estupro e morte Alice viveu 20 minutos de horror Suspeito diz à polícia que dopou, estuprou, espancou e estrangulou a jovem dentro de carro, antes de desovar o corpo em um canavial

Por: Marcionila Teixeira - Diário de Pernambuco

Por: Wagner Oliveira - Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/06/2015 07:36 Atualizado em: 26/06/2015 07:43

Dois meses de planejamento e vinte minutos de execução de um crime bárbaro. Após três horas de depoimento à polícia, o profissional da construção civil Gildo da Silva Xavier, 34, assassino confesso de Maria Alice de Arruda Seabra, 19, disse que arquitetou o crime por cerca de 60 dias e que estuprou, agrediu e estrangulou a própria enteada às margens da BR-101 Norte, em Paulista, após buscá-la, de carro, para uma falsa entrevista de emprego, no dia 19. De Paulista, seguiu com Alice, já morta, no veículo, e abandonou o corpo em um canavial, em Itapissuma.  

A obsessão pela enteada, segundo a polícia, começou quando ela tinha 16 anos. “E de dois meses para cá, decidiu botar em prática o plano de estuprá-la. Ele iria fazer isso e fugir, mas acabou cometendo o homicídio”, declarou a delegada Gleide Ângelo. A decisão foi tomada por Gildo na época em que Alice descobriu que ele tinha uma amante em Gravatá, onde trabalhava, e contou à mãe. O casal chegou a se separar, mas voltou. Foi quando Alice resolveu ir morar com uma tia”, contou Gleide.

O suspeito passou a monitorar as redes sociais e ficava irritado ao ver fotos dela com amigos. “A gota d’água foi uma foto no Facebook, da tatuagem que ela fez com o nome do pai, na quinta-feira. Foi aí que ele disse: eu vou fazer,” destacou a delegada.

Após perceber que a enteada já não respirava, Gildo resolveu se livrar do corpo e seguiu pela BR-101. “Ele a deixou ela no canavial, dirigiu por 10 minutos e voltou para ver se ela estava viva. Após confirmar a morte, fugiu para Aracati (CE). Depois, por WhatsApp, me disse onde o corpo estaria”, explicou Gleide.

Gildo se entregou na terça-feira, em Goiana, e voltou ao local onde deixou Alice para ajudar a polícia a localizar o corpo, o que aconteceu na quarta. Ele será indiciado por sequestro, estupro, homicídio e ocultação de cadáver, e pode pegar até 48 anos de prisão. Ontem, foi levado para o Cotel.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL