Patrimônio
Ocupe Estelita segue em passeata para o Pina
Manifestação começou às 16h e pede anulação da lei, sancionada à distância, que institui o plano urbanístico para a área do cais
Publicado em: 05/05/2015 20:15 Atualizado em: 05/05/2015 20:44
Ocupe Estelita pede anulação da aprovação e sanção do plano urbanístico da área. Foto: Larissa Rodrigues/DP/D.A Press |
O ato contra a aprovação e sanção do projeto de lei que trata sobre o Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga continua na noite desta terça-feira (5). Após se concentrarem em frente à Câmara dos Vereadores do Recife, no Parque 13 de Maio, e saírem em passeata pela Rua do Hospício e Avenida Conde da Boa Vista, os integrantes do Ocupe Estelita bloquearam os dois sentidos da Avenida Engenheiro José Estelita. O grupo segue em direção ao bairro do Pina, na Zona Sul, onde devem dispersar. A manifestação acontece sob tensão devido à presença do Batalhão de Choque, mas é considerada pacífica. Os ativistas já agendaram mais uma manifestação para a próxima quinta-feira (7), às 16h, na Praça do Derby.
Saiba mais...
Ocupe Estelita se manifesta contra sanção de lei referente ao Cais José Estelita
Movimento organiza protestos contra aprovação de projeto sobre o Cais José Estelita
Câmara é ocupada por ativistas após aprovação do plano urbanístico para o Cais José Estelita
Aprovado plano urbanístico para o Cais José Estelita
MPPE identifica irregularidades e recomenda devolução do Plano do Cais José Estelita
Integrantes do Ocupe Estelita pedem tombamento do Cais Estelita ao Iphan
Audiência mostra plano para ilha de Antônio Vaz, no Cais José Estelita
Movimento Ocupe Estelita realiza nova manifestação nesta quinta-feira
Movimento Ocupe Estelita organiza novo protesto para esta quinta-feira
Redesenho do Novo Recife
Após ocupações, audiências públicas e o recebimento de 297 propostas da sociedade civil (entre 17 e 31 de julho passado), a Prefeitura do Recife apresentou, em setembro de 2014, o projeto de redesenho do Novo Recife - que prevê um conjunto de obras urbanas no Cais José Estelita. As mudanças aconteceram em paralelo à elaboração do Projeto de Lei que institui e regulamenta o Plano Específico para o Cais de Santa Rita, o Cais José Estelita e o Cabanga, citados no Plano Diretor do Recife como áreas com potencialidades paisagísticas, fisicoestruturais, culturais e econômicas para implantação de projetos especiais.
Após ocupações, audiências públicas e o recebimento de 297 propostas da sociedade civil (entre 17 e 31 de julho passado), a Prefeitura do Recife apresentou, em setembro de 2014, o projeto de redesenho do Novo Recife - que prevê um conjunto de obras urbanas no Cais José Estelita. As mudanças aconteceram em paralelo à elaboração do Projeto de Lei que institui e regulamenta o Plano Específico para o Cais de Santa Rita, o Cais José Estelita e o Cabanga, citados no Plano Diretor do Recife como áreas com potencialidades paisagísticas, fisicoestruturais, culturais e econômicas para implantação de projetos especiais.
A principal mudança foi a redução na altura dos prédios, que passou de 117 metros, equivalente a 40 pavimentos, para 42 metros, apenas 14 andares. A redução, no entanto, não muda a capacidade construtiva do empreendimento, as 12 torres permanecem. Outra alteração foi feita no sistema viário, que passa a ter nove vias, ao invés de quatro. A Avenida Dantas Barreto terá acesso direto ao Cais José Estelita através de um calçadão.
Para o processo democrático de redesenho, foi feita uma análise qualitativa das propostas da população considerando a convergências das contribuições e as premissas indicadas na audiência pública realizada em julho. Foi levado em conta, o uso público das frentes d'águas, as áreas livres (parques, praças, ciclovias, espaços para práticas esportivas e etc), instalação de equipamentos culturais, turísticos e educacionais, habitações de diferentes tipologias, inclusive de interesse social, e o uso também para o comércio e outros serviços.
Dentro das diretrizes urbanísticas previstas no novo projeto, os empreendedores terão que executar as obras respeitando: o uso não residencial no pavimento térreo em, no mínimo, 20% do perímetro de cada quadra, predominantemente nas ruas transversais; usos de comércio e serviços de pequeno porte nos parques, preferencialmente utilizando-se dos vagões de trem e demais bens móveis remanescentes do patrimônio ferroviário; uso habitacional de diferentes tipologias, de modo a estimular a diversidade social; uso habitacional de interesse social a ser implantado no entorno imediato do empreendimento, com distância não superior a 300 metros dos imóveis e de corredores de transporte público (são previstas, no mínimo, 200 unidades habitacionais a serem financiadas pelo empreendimento, no âmbito da adequação das mitigações/compensações acordadas); usos diversos nos parques de frente d'água, pátio ferroviário e áreas livres sob o Viaduto Capitão Temudo (ciclovias, espaços para práticas esportivas, corrida, caminhada, skate), brinquedos diversos, equipamentos turísticos, equipamentos educacionais, culturais e espaços multiuso para exposições, biblioteca, comércio e serviços de suporte às atividades dos parques (feiras, cafés, restaurantes, banca de revistas, fiteiros, etc).
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS