Recife Movimento Ocupe Estelita organiza novo protesto para esta quinta-feira Grupo deve impetrar um mandado de segurança na Justiça para tentar anular a aprovação do o Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga, que abrange o projeto Novo Recife

Publicado em: 06/05/2015 07:28 Atualizado em: 06/05/2015 08:44

Os integrantes do Movimento Ocupe Estelita organizam um novo protesto contra o projeto de lei que trata do Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga, que abrange o projeto Novo Recife. O ato foi marcado para esta quinta-feira, no bairro do Derby, no Recife.


Nesta terça-feira, os protestos duraram mais de cinco horas, um dia após a Câmara de Vereadores do Recife aprovar a proposta com as portas da Casa fechados ao público e o prefeito Geraldo Julio (PSB) sancionar a medida. O movimento informou que deverá impetrar um mandado de segurança na Justiça para tentar anular a decisão.

O protesto começou no estacionamento da Câmara, onde teve o apoio de professores das redes estadual e municipal. Depois seguiu até o cais, onde estava o Batalhão de Choque da Polícia Militar. O movimento negociou com o Batalhão de Choque a passagem pela via paralela. Por último, o grupo se concentrou no Shopping Riomar, no Pina, à noite. Alguns lojistas fecharam as portas e vaiaram os manifestantes, que fizeram panfletagem. O movimento está organizando outro ato para amanhã, no Derby.

Ainda no início do protesto, os portões da Câmara foram novamente fechados. “É impressionante a capacidade que o poder público tem de tornar uma manifestação pacífica em ato de tensão. Não havia necessidade de fechar mais uma vez”, reclamou Ivan Moraes Filho, do Ocupe. O movimento parou o trânsito no cruzamento das ruas do Príncipe e do Hospício por 20 minutos.

Depois a manifestação seguiu para a Conde da Boa Vista, onde também bloqueou o fluxo nos dois sentidos, formando uma fila de ônibus. Alguns passageiros ficaram irritados. “Trabalho em Olinda. Estou voltando para casa, no Curado e pego essa situação”, afirmou o trabalhador da construção civil Charles Batista, 43 anos.

Mas os integrantes do movimento alegaram que estavam parando o Recife para “mostrar que a cidade pode ficar ainda mais parada se o projeto do Cais José Estelita se tornar realidade”. Junto com as palavras de ordem, eles afirmaram que serão mais cinco mil veículos trafegando na área do cais diariamente. No caminho para o cais, o grupo parou na frente das torres gêmeas construídas na beira do rio. “Essas duas torres representam tudo que a gente não quer para a cidade”, gritaram no microfone.



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