Jiquiá Moradores da comunidade Olga Benário fazem novo protesto e uma pessoa é presa Grupo menor foi para o bairro da Mustardinha tentar ocupar novo terreno, mas foi frustrado pela Polícia Militar

Publicado em: 22/05/2015 17:09 Atualizado em: 22/05/2015 17:14

Foto: Igor Pininga/Twitter/Cortesia
Foto: Igor Pininga/Twitter/Cortesia

Os moradores expulsos da comunidade Olga Benário, instalada nas proximidades da Justiça Federal, na Avenida Recife, bairro do Jiquiá, voltaram a fazer protesto nesta sexta-feira. A comunidade bloqueou a via, sentido Zona Sul/BR, e ateou fogo em pneus e madeiras. Também foram colocadas carcaças de veículos queimados durante a desapropriação na avenida. Durante a manifestação, uma pessoa foi detida por desacato.

As famílias estão em frente ao terreno desde o período da manhã, mas somente por volta das 16h o protesto recomeçou. Vinte policiais militares estão no local. A Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros foram acionados para liberar a circulação de veículos.

Um grupo menor com dez famílias encontrou outro terreno livre no bairro da Mustardinha e tentou ocupar, mas a Polícia Militar foi acionada e expulsou novamente as famílias.

Desocupação

A ação de reintegração de posse da comunidade Olga Benário, instalada em um terreno nas proximidades do prédio da Justiça Federal, na Avenida Recife, bairro do Jiquiá, no Recife, realizada durante o dia de ontem, terminou em confronto e saldo de presos e feridos. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos 10 pessoas foram detidas e encaminhadas à Central de Flagrantes por vandalismo, lesão corporal, ameaça e depredação ao patrimônio. Porém, todas foram liberadas no fim da tarde. Ainda segundo a PM, um manifestante foi encaminhado ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) por pilotar uma moto de cinquenta cilindradas roubada e estar de posse de uma faca peixeira. A PM alegou também que dois policiais ficaram levemente feridos por pedradas.

Para garantir que a ação judicial fosse concretizada, um total de 800 policiais militares foram convocados. O conflito começou quando os PMs formaram uma barreira, impedindo que a população entrasse no terreno, inclusive para recuperar objetos que estivessem dentro dos 1.500 barracos montados. Os manifestantes lançaram pedras contra os oficiais e contra um motorista de um trator. Em resposta, os PMs dispararam de balas de borracha e bombas de gás.



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