Caso Karla Janine Justiça americana adia julgamento em dois meses Audiência nos Estados Unidos que poderia decidir o destino da filha da pernambucana foi adiada para 24 de julho

Publicado em: 23/05/2015 10:38 Atualizado em:

 (Karla e sua irmã, Karine, ressaltaram que luta pela guarda da criança continuará. FOTO: Isly Viana.)


O quarto está pronto e os brinquedos comprados e dispostos na cama carinhosamente por Karla Janine Albuquerque, 47 anos, mas ainda não será dessa vez que a filha dela dormirá no cômodo. A audiência que poderia reaver a guarda da criança para a pernambucana, ontem em Stuart, Flórida, foi interrompida e adiada para 24 de julho. Até lá, a garota de sete anos permanecerá com o pai, Patrick Joseph Galvin, incluído na lista de sex offenders (pedófilos) do estado americano.

A audiência prevista para as 10h local (11h, horário de Brasília), chegou a ser iniciada com 20 minutos de atraso. Assim que a juíza Laurie Buchanan abriu a sessão, o advogado de Patrick, Willian Jesus, tentou adiar o julgamento, argumentando que Karla não teria condições de participar da sessão em inglês. No dia anterior, o jurista já havia entrado com quatro petições com a mesma intenção.

Ele e o advogado contratado pela família de Karla, John Chalif, chegaram a entrar em debate, mas foram interrompidos pela juíza. Laurie questionou a apresentação de documentos com mais de 200 páginas pelo advogado de Karla, no dia da audiência e não antes, o que impedia uma avaliação detalhada. O embate chegou a durar uma hora, mas foi pedido o recolhimento do material de provas apresentado e o adiamento.

“Não vou parar. Minha filha precisa de mim. Não posso desanimar e nem desistir. Nem ficar doente eu posso, pois minha filha está sofrendo. Nunca vou perder as esperanças.”

O advogado dela não quis comentar a protelação, enquanto a defesa de Patrick afirmou que toda a história faz parte de uma criação da pernambucana para tentar tirar a guarda do pai. Ele, entretanto, preferiu não comentar a inclusão do nome do cliente na lista de sex offenders.

A irmã de Karla, que mora no norte da Flórida e viajou quatro horas para a audiência, se sentiu frustrada. “Mais dois meses de sofrimento. É incrível que a Justiça não esteja vendo essa grave situação”, questionou Karine Santos. No Brasil, o sentimento também foi de frustração. “É decepcionante. Não há respeito com a criança. Mas continuaremos nesta missão. É nossa única razão de viver”, afirmou a mãe de Karla, a defensora pública aposentada Kátia Albuquerque.

Com a colaboração de Isly Viana/TV Clube/Record.

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