Foto: Celso Matos Ishigami/ DP/ D.A Press/
Uma comissão de representantes de diversos movimentos sociais será recebida, na tarde desta quarta-feira (20), pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Canuto, para discutir a pauta unificada do Grito da Terra Pernambuco. O ato levou cerca de cinco mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar e organização, às principais ruas da região central do Recife para chamar a atenção sobre a causa agrária.
[SAIBAMAIS]Após uma parada na Rua Gervásio Pires, os trabalhadores rurais fizeram uma caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista. Seguiram pela Rua da Aurora e foram ao Palácio do Campo das Princesas, onde um bloqueio policial impediu que eles ficassem em frente à Casa. O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Carlos Vera, do Movimento dos Sem Terra, Jaime Amorim, e membros da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco e da Comissão Pastoral da Terra entraram no Palácio para a reunião.
De acordo com Paulo Roberto Santos, vice presidente da Fetape, a meta é tantar abrir o diálogo com a gestão Paulo Câmara que, apesar do discurso de continuidade, passa por uma nova conjuntura política e econômica. A classe pretende cobrar ao governo do estado um retorno sobre a pauta de reivindicações entregue no dia 27 de abril. Com 38 itens, o documento pede acesso à água, à terra e a condições para a produção e comercialização, tanto nas regiões semiáridas, quanto na Zona da Mata.
"Este já o maior Grito da Terra de Pernambuco. Não só pelo grande número de pessoas da classe trabalhadora, mas pela união entre os movimentos sociais, o que nos deu força, e também por termos conseguido unificar a pauta", ressaltou Jaime Amorim.
