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Vida Urbana
Caso Karla Janine

Audiência decisiva para definir guarda de filha em clima tenso

Na véspera da sessão que pode devolver guarda de criança à mãe pernambucana, pai norte-americano tentou evitar sua realização

Publicado: 22/05/2015 às 09:45

Karla decora o cômodo que preparou para filha dormir. Alguns brinquedos levados durante as visitas foram jogados no lixo pelo pai. Foto:Isly Viana/TV Clube/

Karla decora o cômodo que preparou para filha dormir. Alguns brinquedos levados durante as visitas foram jogados no lixo pelo pai. Foto:Isly Viana/TV Clube/

O destino da filha da pernambucana Karla Janine Albuquerque, 44, será decidido sob tensão. Ontem, menos de 24 horas antes do início da audiência sobre a guarda da menina, na Flórida, o ex-marido da pernambucana, o norte-americano Patrick Galvin, 55, tentou cancelar o julgamento e evitar o depoimento de Karla. Mesmo diante das quatro petições de última hora, a Justiça confirmou a sessão, prevista para as 11h, na cidade de Stuart. A audiência pode por fim a um período de um ano e quatro meses de afastamento entre mãe e filha.

Karla perdeu a guarda em janeiro de 2014, ao ser presa após viajar com a filha, de 7 anos, sem autorização, da Flórida ao Texas. A menina foi entregue ao pai, apesar de ele ser acusado de abusar dela.

A audiência terá duração de pelo menos duas horas e acontecerá em uma sala pequena do fórum local, com três mesas. A juíza Laurie Buchanan será a responsável por dar o veredito perante Karla, Patrick e os advogados. A única testemunha será um homem considerado pai adotivo de Karla, que cedeu a casa dele para ela morar nos EUA.

O advogado da família da pernambucana, John Chalif, não quis comentar o caso com a imprensa, mas confidenciou à família estar sofrendo pressão do acusado.

A tese dele está pautada em três provas: o depoimento de Patrick em que ele confessa dopar a menina por suposta hiperatividade; o depoimento de Karla, que não se contradiz; e o depoimento da menina no Texas. A criança detalha o abuso cometido em agosto de 2010, quando o homem teria “machucado com o bigode” as partes íntimas dela.

Karla chegou a passar mal, ontem, diante das tentativas do réu de cancelar a audiência, bem como fazê-la custear a viagem da criança do Texas à Flórida. Uma irmã de Karla, que mora em Spring Hill, norte da Flórida, vai ao júri. Colegas de trabalho de Karla também estarão presentes com cartazes semelhantes aos utilizados em protestos realizados no Brasil.
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