Por: Tereza Eickmann
Por: Adaíra Sene
Publicado em: 21/05/2015 22:03 Atualizado em: 21/05/2015 23:34
O juiz André Guimarães negou o pedido de mandado de segurança realizado pelo Movimento Ocupe Estelita, para a anulação da sansão do Plano Urbanístico para o Cais José Estelita e Cabanga, ambos no bairro de São José, na área central do Recife, nesta quinta-feira. O magistrado afirmou que o pedido não condiz com a natureza do problema, afirmando que um mandado de segurança só seria possível se o projeto de lei ainda não tivesse sido votado.
O Plano foi aprovado durante votação na Câmara dos Vereadores, no dia 4 deste mês. Na ocasião o movimento realizou protesto em frente ao plenário, quando os manifestantes foram impedidos de entrar na audiência. O juiz André Guimarães afirmou, ainda, que o Plano só poderia ser contestado através de uma ação direta de inconstitucionalidade e que o movimento ainda poderia tentar recorrer.
Protesto
O Movimento Ocupe Estelita realizou um novo ato nesta quarta-feira. O grupo se reuniu no Pátio de São Pedro, bairro de Santo Antônio, para lembrar um ano da tentativa de demolição dos armazéns. Na época, a organização da sociedade civil acampou no espaço durante 40 dias.
O movimento social realizou uma marcha até o Cais José Estelita, acompanhado pelo grupo Afoxé Awade. Duas faixas da Avenida Engenheiro José Estelita foram fechadas no sentido Zona Sul, deixando apenas uma livre para a circulação de veículos. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) foi acionada para minimizar os danos ao tráfego. No horário de pico, houve retenção.
O grupo organizou uma roda de conversa com a presença de professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e com militantes que participaram da primeira ocupação. Após o debate, o Afoxé Awade fará um ritual de lavagem no cais. A cerimônia consiste em entoar cânticos para os orixás e, ao chegar no orixá Ossain, das folhas sagradas, lavar com água com ervas.
