Coletiva Surfista diz ter certeza de que foi atacado por tubarão Paciente que está no Hospital Miguel Arraes deve ter alta médica até o final desta semana

Publicado em: 01/04/2015 12:02 Atualizado em: 01/04/2015 13:55

Surfista fala à imprensa pela primeira vez sobre o caso. Foto: Wagner Oliveira/ DP/ DA Press
Surfista fala à imprensa pela primeira vez sobre o caso. Foto: Wagner Oliveira/ DP/ DA Press
Diego Gomes Mota, o surfista de 23 anos que foi atacado por um animal marinho na Praia de Del Chifre, em Olinda, falou à imprensa pela primeira vez sobre o caso nesta quarta-feira. Em uma cadeira de rodas, ele concedeu entrevista coletiva no final da manhã, no auditório do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, onde está internado.

Diego diz não ter dúvidas de que foi mordido por um tubarão. O jovem alega ter visto de perto o "focinho" do animal, que teria se aproximado no momento em que ele abaixou as pernas no mar. O surfista, que mora na localidade há 23 anos, contou nunca ter visto ou ouvido falar em ataques de outros peixes na área. Ele ressaltou que sabia do risco que estava correndo. "Sei que a área é proibida para surfar e que estava fazendo uma coisa errada. A partir de agora não vou mais fazer isso", garantiu Diego.

Equipe médica divulgou boletim médico atualizado do paciente na manhã desta quarta-feira
Equipe médica divulgou boletim médico atualizado do paciente na manhã desta quarta-feira

Também presente à coletiva, o diretor médico do hospital, Petrus Moura, disse que o paciente está bem, orientado e que deve receber alta médica até o final desta semana. A equipe médica ainda estuda a necessidade da realização de uma ciriurgia plástica ou de preenchimento, mas já descarta os riscos de sequelas ou comprometimento de movimentos. Na ocasião, foi divulgado o boletim médico atualizado do paciente, que recupera-se de uma cirurgia de duas horas e meia realizada na tarde de terça-feira. Sobreo ataque, o médico disse que a equipe no pode precisar se o ferimento foi feito por um tubarão ou outro animal marinho, cabendo o laudo ao Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit)  ou ao Corpo de Bombeiros.

Nesta quarta-feira, o IML deve examinar o ferimento para confirmar se esse foi o 60º ataque de tubarão em Pernambuco. A prancha também será periciada. A análise inicial dos médicos, dos Bombeiros e do Cemit foi inconclusiva. “O ferimento não é compatível com dentes de um tubarão. É laminar e linear, atingindo a primeira camada de pele. Sabemos que é um animal marinho, mas pode ter sido uma barracuda”, disse o major Edson Marconni, dos Bombeiros. A barracuda pode atingir 2,1 metros e também é conhecida pela agressividade.


A praia de Del Chifre está inserida no perímetro de 32km onde esportes e atividades náuticas são proibidos. Após o ataque, o presidente do Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), Clóvis Ramalho, anunciou que o órgão vai substituir as placas de alerta que foram retiradas do local.

Com informações do repórter Wagner Oliveira

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