Vida Urbana
A Câmara dos Vereadores homenageia nesta quarta-feira, às 15h30, os 30 anos do ato heroico do prático de barra Nelcy da Silva Campos, falecido em 1990. Em 1985, ele rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, cuja carga de gás ameaçava explodir o porto e parte da cidade. O busto de Nelcy, falecido em 1990, voltará a ser exposto em maio.
[SAIBAMAIS]
Em 1985, o Herói Pernambucano Contemporâneo, como ficou conhecido, rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. Segundo técnicos, uma explosão no local destruiria tudo num raio de cinco quilômetros, atingindo os bairros de Santo Antônio, Recife Antigo, Boa Vista, Brasília Teimosa e Pina.
Em 1985, o Herói Pernambucano Contemporâneo, como ficou conhecido, rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. Segundo técnicos, uma explosão no local destruiria tudo num raio de cinco quilômetros, atingindo os bairros de Santo Antônio, Recife Antigo, Boa Vista, Brasília Teimosa e Pina.
Em setembro de 2003, o prático de barra foi homenageado com um busto de mármore, junto ao Terminal Marítimo de Passageiros, na Praça do Marco Zero. Com a reforma do Porto do Recife, a estátua, obra do escultor pernambucano Demétrio Albuquerque, foi tirada do local, mas voltará à exibição pública em maio, quando se comemora os 30 anos do ato heroico realizado por Nelcy Campos. A obra será instalada em frente ao Terminal Marítimo de Passageiros do Porto do Recife.
O acidente
Por volta da 1h30 do dia 12 de maio de 1985, um dos três tanques do navio explodiu e incendiou toda a embarcação. O petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha e estava atracado no Porto do Recife, a 500 metros do Parque de Tancagem do Brum. No momento do acidente, o Parque armazenava mais de cento e cinquenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o fogo, que chegava a 20 metro de altura, não cedeu.
O prático de barra Nelcy da Silva Campos, com 54 anos na época, chegou ao local pouco depois das 2h e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho. Sozinho, serrou dois dos nove cabos do navio petroleiro, que estava ancorado no Armazém A-1. Um destes cabos foi utilizado para prender o petroleiro no reboque Saveiro. Nelcy da Silva seguiu com o reboque por cerca de cinco quilômetros em alto-mar, onde o navio em chamas foi deixado à deriva.
Ele só voltou ao porto na manhã do dia 13, onde foi recepcionado por entidades do governo, amigos e família. "Nunca me vi em situação tão difícil e perigosa, mas pensei logo na população. Mesmo sabendo que poderia morrer, parti para a operação", declarou, ao chegar em solo.
Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990, de causas naturais.
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