Polícia Chineses são presos por comércio ilegal no Recife Estrangeiros atuavam na área do Bairro de São José, no Recife, e fazem parte de organização criminosa que atua com contrabando

Publicado em: 30/03/2015 20:02 Atualizado em: 30/03/2015 20:11

Os cinco chineses foram presos durante a operação Esforço Geral III, da Polícia Civil de Pernambuco. (Polícia Civil/Divulgação)
Os cinco chineses foram presos durante a operação Esforço Geral III, da Polícia Civil de Pernambuco.
A Delegacia de Combate à Pirataria da Polícia Civil de Pernambuco promete apertar o cerco aos chineses que atuam irregularmente como comerciantes no estado. Após a prisão de cinco chineses na semana passada, os policiais estão fazendo levantamento dos antecedentes criminais do grupo, que veio da província de Fujian, no Sudeste da China.

Três mulheres e dois homens com idades entre 28 e 34 anos são acusados de crimes contra a propriedade industrial, fraude no comércio, relação de consumo, receptação e formação de quadrilha. Dois deles haviam sido presos pelo mesmo motivo em fevereiro deste ano. A polícia prediu a prisão preventiva dos suspeitos e aguarda a decisão da Justiça. O grupo foi pego durante a Operação Esforço Geral III, que cumpriu 94 mandados de prisão por crimes de homicídio, roubo, tráfico de drogas e outras ações criminosas no estado.

Os chineses presos atuavam no comércio do bairro de São José, no Recife. De acordo com o delegado de Combate à Pirataria, Germano Cunha, o grupo faz parte de uma organização criminosa que atua com contrabando de produtos falsificados vindos da China. "Há muita gente envolvida com o esquema. Esse pessoal pego aqui é um braço do grupo que atua em São Paulo há muito tempo", disse o delegado, que já solicitou mais informações a respeito de passaportes dos cinco chineses presos à Polícia Federal.

Os chineses foram pegos em flagrante comercializando produtos falsificados em duas galerias entre as ruas Direita e das Calçadas, em São José. "Eles não são mero comerciantes e fazem parte de uma organização criminosa poderosa que atua em todo o país e também na Argentina e Paraguai", observou o delegado. As mulheres geralmente atuam como vendedoras, mas, ressaltou Germano Cunha, elas são donas do estabelecimento, que funciona como ponto de distribuição das mercadorias irregulares. "Eles insistem na prática, acreditando na impunidade. É lamentável", disse.

O delegado, no entanto, adiantou que a delegacia continuará investigando ramificações da quadrilha. "Existem outros integrantes. Eles vêm de Fujian juntos e aqui continuam juntos mantendo as atividades da organização criminosa. Estamos investigando para tentar localizar o depósito onde são guardadas as mercadorias", falou. As três mulheres estão na Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, e os dois homens, no Cotel, em Abreu e Lima. Segundo o Código Penal Brasileiro, o somatório de crimes cometidos pelo grupo pode ultrapassar 12 anos de reclusão.

Operação

Além dos chineses, também foram presas 177 pessoas e apreendidas 17 armas de fogo. Entre os presos está Renildo Carneiro da Silva, 40, que em 1999, segundo a Polícia Civil, comandava grupo de extermínio em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. Renildo, que cumpriu 14 anos de prisão em regime fechado, estava foragido desde o Carnaval após ser beneficiado com indulto e não retornado à Penitenciária Agroindustrial São João, onde cumpria pena no regime semi-aberto.



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