Publicado em: 19/02/2015 21:57 Atualizado em:
Por meio de nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) afirmou, nesta quinta-feira (19), que os policiais que trabalharam no carnaval este ano, em sua maioria, ainda não receberam as diárias correspondentes. "Além de não receber por hora extra, como é direito de todo trabalhador garantido na Constituição Federal, pagaram para trabalhar no período festivo", diz o texto.
"O Sinpol rechaçou veementemente o valor inicial das diárias anunciado pelo Governo do Estado. O sindicato dos policiais civis continuará rechaçando qualquer pagamento aquém do valor da hora extra, que é estipulado pela Constituição Federal como, no mínimo, de 50% a mais que a hora normal trabalhada. Por isso, demos suporte jurídico para o policial civil que não quisesse trabalhar no carnaval fora de sua carga horária obrigatória", informou o sindicato.
O sindicato diz que recebeu denúncias de policiais civis que noticiaram falta de condições de trabalho nas unidades móveis da polícia. "Calor insuportável, tanto para o trabalhador quanto para o público atendido, banheiros interditados e insalubres" foram alguns dos exmeplos.
"Na Delegacia do Folião, Praça do Carmo, Olinda, o espaço estava sem ar-condicionado, sem banheiro e sem material de trabalho; na delegacia improvisada no Metrô do Recife e na delegacia de Pesqueira, não havia condição de trabalho e constavam instalações que poderiam ser interditadas por qualquer fiscalização sanitária", informa a nota.
Para o Sinpol, o resultado de ações equivocadas resultou no aumento dos homicídios no período em mais de 29,7%, segundo registros do próprio governo estadual. "O Sinpol considera que a segurança pública não pode ser feita de forma atabalhoada, sem um mínimo de estratégia. Eventos como o carnaval têm data pré-fixada anualmente e podem ser melhor planejados."
