Obrigatórios Sete blocos imperdíveis no carnaval do Recife e Olinda

Publicado em: 06/02/2015 17:36 Atualizado em: 07/02/2015 16:05

Quantidade e qualidade se encontram no carnaval de Pernambuco, que tem blocos para todos os gostos. É tarefa quase impossível listar os melhores, mas o Diario selecionou sete desfiles imperdíveis em Olinda e no Recife para apresentar aos foliões de primeira viagem e lembrar aos habitués do frevo do que é feita a nossa folia. Já está na hora de se programar para não perder nada. Afinal, só faltam oito dias para começar a festa.

 ( Nando Chiappetta/DP/D.A Press)

 
1.  Galo da Madrugada
O maior clube de máscaras do mundo sai no sábado de Zé Pereira às 9h, com concentração no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, região central do Recife. A festa do Galo da Madrugada se estende até à noite, terminando na Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio. A primeira vez que o bloco saiu, há 37 anos, pouco mais de 70 pessoas o acompanharam pelas ruas do Centro do Recife antes de a cidade acordar, por volta das 5h. No último desfile, em 2014, com saída já em novo horário, o desfile contou com trinta trios elétricos e arrastou cerca de 2,4 milhões de foliões, de acordo com a Polícia Militar.

 (Roberto Pereira/Esp. DP/D.A Pres)


2.  Homem da Meia Noite
Patrimônio vivo de Pernambuco desde 2006, o Homem da Meia-Noite já é um senhor de 83 anos. Mesmo assim, esse bloco nascido em 1932 desfila com cada vez mais energia. Saindo sempre à meia-noite do sábado para o domingo, leva uma multidão pelos 3,5km de percurso na Cidade Alta. Este ano, o Homem terá um percurso diferente ao que o público está acostumado. Em busca de ruas mais largas, o bloco continua a sair de sua sede no Bonsucesso, mas deixa de passar pelo Mercado da Ribeira e pela Sede da Pitombeira.

 (Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)


3.  Pitombeira dos Quatro Cantos
A origem da Pitombeira remonta ao carnaval de 1947, quando alguns foliões desfilaram pelas ladeiras segurando galhos de pitomba. Hoje, a orquestra do bloco é um dos seus maiores atrativos. Considerada uma das melhores atrações do carnaval por muitos foliões, leva a multidão à loucura quando toca o tradicional hino da troça, composto por Alex Caldas há 65 anos. A concentração é na segunda de carnaval, na Praça 12 de Março, no Carmo, às 16h.

 (Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)


4.  Elefante de Olinda
O bloco está intimamente ligado à Pitombeira. Tanto que o hino do Elefante, um dos mais conhecidos e tocados dos carnavais olindenses (“Olinda, quero cantar a ti esta canção!”), foi oferecido à Pitombeira, que o recusou. A palavra “pitombeira” foi substituída por “elefante” e virou um sucesso instantâneo das ladeiras. Assim como a Pitombeira, o Elefante começou com rapazes que desfilaram segurando um objeto despretensioso. No caso dessa troça, um ímã de geladeira em formato de elefante. O bloco se apresenta em frente à sede do Homem da Meia Noite, na sexta-feira antes da abertura oficial do carnaval marcada pelo desfile do boneco gigante.
 
 (Alcione Ferreira/DP/D.A Press)


5.  Eu Acho É Pouco
O Eu Acho é Pouco é um dos mais concorridos do carnaval de Olinda. As ladeiras da Cidade Alta se pintam nas cores vermelha e Amarela quando o bloco desfila no sábado de Zé Pereira e na terça-feira gorda depois de se concentrar às 16h no pátio do Mosteiro de São Bento. O bloco é apreciado desde 1977 e tem um dragão como mascote. Os foliões seguem dragão pelas ruas cantando o inconfundível hino: “Eu acho é Pouco... É bom demais!”.

 (Helder Tavares/DP/D.A Press)


6.  Enquanto Isso na Sala da Justiça
Às 10h do domingo de carnaval, o Alto da Sé de Olinda recebe uma legião de super-heróis. São foliões de todas as idades fantasiados dos personagens mais queridos - e às vezes mais temidos -  da ficção. A agremiação existe há 20 anos e já vê a segunda geração do seu público se mascarar ao mesmo tempo em que começa a criar tradições, como a descida de rapel do Homem-Aranha do alto da caixa d'água da Sé. Em 2012, ele ficou de cabeça para baixo e beijou Mary Jane. No ano passado, foi ovacionado quando deteve o ladrão da taça da Copa do Mundo na lateral do prédio.

 (Teresa Maia/DP/D.A.Press)


7.  Bloco da Saudade
O Bloco da Saudade completa 41 anos em 2015 com a mesma proposta do primeiro desfile: saudar os carnavais da primeira metade do século 20. Um grupo de amantes do carnaval desta época fundou o Saudade em 1973 e o batizou em referência à marcha Valores do Passado, do compositor Edgar Moraes, que citava blocos extintos e idealizava aquele que os reviveria, tomando as ruas do Recife. Em 2015, o Bloco da Saudade desfila no domingo. Às 16h, sai na Praça 12 de Março, em Olinda. Na segunda-feira, às 16h, desfila a partir da na Praça Maciel Pinheiro, no Recife, e às 19h no Recife Antigo. Na terça-feira, novamente sai da Praça Maciel Pinheiro.

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