Carnaval
Domingo de muito calor e multidão em Olinda
Publicado em: 15/02/2015 16:06 Atualizado em: 15/02/2015 17:24
Ladeira da Misericórdia lotada por volta das 12h. Foto: Alice de Souza/DP/D.A Press |
O Alto da Sé começou a concentrar personagens dos quadrinhos por volta das 10h. Vestidas de Mulher Maravilha, Capitão América, Batman e Lanterna Verde, famílias inteiras ocuparam a frente da Caixa D’água da Compesa para assistir a descida do Homem Aranha, que neste ano travou uma batalha com o Venon em pleno ar.
Grande atração do Enquanto Isso na Sala da Justiça, Homem Aranha desceu duas vezes a Caixa D'água da Compesa. Foto: Alice de Souza/DP/D.A Press |
“Estou vestida de mulher gato pela primeira vez. Sou de Olinda e não troco o carnaval daqui por nada”, contou a enfermeira Gilda Seara, 36 anos. Pouco antes, o Mucha Lucha levou um ringue para o Sítio Histórico e desafiou os super-heróis em batalhas cômicas. Vestidos de máscaras típicas da luta livre mexicana, os lutadores saem em Olinda desde o ano de 2008.
Prestando homenagem ao ex-vocalista Dielson Lima, morto em novembro de 2014, o Patusco levou 220 músicos para as ladeiras. Pontualmente às 8h59, o grupo saiu do Amparo arrastando uma multidão. Neste ano, a agremiação preferiu fazer um repertório de preservação da cultura local. “Queremos exaltar a cultura da terra e artistas como Marrom Brasileiro”, contou o diretor de bateria Henrique Guimarães.
Patusco foi uma das grandes atrações deste domingo. Foto: Alice de Souza/DP/D.A Press |
Nas ladeiras, muita irreverências dos foliões. Um grupo de amigos decidiu levar todos os personagens curiosos da Praia de Boa Viagem para o Sítio Histórico. O grupo era composto por um surfista machucado, um tubarão, uma turista com “pau de selfie”, uma vendedora de caldinho e até uma salva-vidas.
Grupo de foliões aportou a Praia de boa Viagem nas ladeiras de Olinda. Foto: Alice de Souza/DP/D.A Press |
O massacre na publicação Charlie Hebdo também não foi esquecido. “Meu marido é francês, adora o carnaval de Olinda e quis prestar essa homenagem ao que aconteceu no país dele”, contou a médica Matilde Thouvenin, casada com o engenheiro Jean Francois. Os dois estavam fantasiados de lápis, uma menção aos cartunistas mortos.
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