Derby Tenente que agrediu segurança segue foragido

Por: Thais Arruda - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/01/2015 12:07 Atualizado em: 28/01/2015 13:15

Delegada Andréa Busch comentou importância do depoimento das testemunhas. Foto: Thaís Arruda/Esp.DP/D.A Press
Delegada Andréa Busch comentou importância do depoimento das testemunhas. Foto: Thaís Arruda/Esp.DP/D.A Press

Foi apresentada, nesta quarta-feira (28), a conclusão do inquérito sobre o caso em que o tenente Joacir Justino e seu colega, Gleidnaldo Silva, agrediram um segurança de bar, no bairro do Derby, no dia 13 de dezembro. Os acusados vão responder por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.

De acordo com a delegada Andréa Busch, o inquérito foi concluído no dia 30 de dezembro, mas só foi encaminhado à Justiça no dia 3 de janeiro, devido ao período de recesso. Ainda segundo Andréa, o militar acusado de agredir Lucas Silva dos Santos, permanece foragido, enquanto Gleidnaldo, foi preso em sua casa às 10h dessa terça-feira, em Olinda, e encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

‘’As filmagens e os depoimentos das testemunhas que estavam no local, foram de extrema importância para o resultado do inquérito. A forma como o crime foi praticado foi o que mais nos chocou, os golpes desferidos com tijolos. O militar afirmou estar em tratamento psicológico antes do crime, mas isso foi descartado, ele apenas usava remédios controlados por conta própria’’, comentou a delegada. A pena para os acusados ainda é indefinida devido às características de cada um perante a justiça, mas a média determinada por lei para homicídio qualificado é de 12 a 30 anos de reclusão.

No momento do crime, pessoas que tentavam interferir na agressão eram ameaçadas por uma arma de fogo de Joacir. Ao todo, 16 testemunhas foram ouvidas, entre elas, funcionários do bar e taxistas da localidade. Quatro das testemunhas foram essenciais à investigação, representando contra os acusados e confirmando as ameaças.  De acordo com informações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Gleidnaldo já respondia pelo crime de roubo de cargas, ele e o miltar têm a situação agravada por causa das ameaças e por agir de modo que impossibilite ou dificulte a defesa da vítima, repentinamente. A advogada dos acusados, Silvana Duarte, informou à polícia que tentaria convencer Joacir Justino a apresentar-se, por ser funcionário público, o militar corre o risco de ser exonerado do cargo caso não apareça. A reportagem do Diario tentou entrar em contato com a advogada de defesa, mas não obteve retorno.

Entenda o caso

Na noite de 13 de dezembro, o tenente Joacir Justino da Silva, 42 anos, foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento, no Derby, espancando Lucas Silva dos Santos, 29, segurança do local. Com o acusado, estava seu colega, Gleidnaldo Silva dos Santos, 33 anos. O crime teria sido motivado por causa do fechamento do bar, às 5h30, quando os acusados chegaram e foram informado de que não poderiam ser atendidos. Segundo testemunhas, mesmo com o aviso, o militar teria aberto o freezer e tirado uma cerveja.

O gerente do local, apareceu e pediu ao PM que os dois tomasse a bebida e fossem embora, revoltado, Joacir  passou a agredir o segurança, com pancadas na cabeça, murros e chutes. Nas imagens é possível ver o momento em que Lucas tenta se levantar e é alvejado na cabeça por tijoladas. O segurança foi socorrido para o Real Hospital Português, onde levou pontos na cabeça e recebeu alta. Durante as investigações, uma das testemunhas afirmou ter ouvido o militar dizendo que só não usava arma de fogo contra o segurança por não estar fardado.

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