Defesa ONG faz trabalho para evitar sacrifício de animais Cartazes como fotos de vacas, ovelhas, galinhas e zebras estão espalhados por todo o Brasil

Por: Thais Arruda - Diario de Pernambuco

Publicado em: 07/01/2015 19:00 Atualizado em: 07/01/2015 15:09

 (Movimetonaomate/Divulgação)
O que você faria se encontrasse um desses cartazes na rua? Os folders marcados por tons em preto, branco e laranja estão espalhados pelo Brasil, e alguns deles já podem ser vistos no Recife. O estranho aparecimento das fotos dos animais com o tema “procura-se” faz parte de uma iniciativa criada em São Paulo. Uma busca pelo combate ao abatimento de animais, sua ingestão, tortura domiciliar e testes em laboratório. Um dos pontos da capital pernambucana onde foram encontrados os cartazes é uma parada de ônibus na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro.

O movimento Não Mate tem cerca de 15 mil curtidas em sua página no Facebook, mas é no site da ONG (www.naomate.org) que os detalhes e a história do projeto podem ser melhor compreendidos, acompanhados por vídeos produzidos por ativistas, pessoas de diferentes idades e classes sociais que doam seu tempo pela luta na igualdade animal em torno do Brasil. O Não Mate costuma promover reuniões e rodas de debate sobre assuntos polêmicos do século XXI; o consumo de carne animal é um deles.

Fora do Brasil, o movimento tem seguidores em países como Espanha, Holanda, Alemanha e Argentina, que também são colaboradores financeiros do projeto. Para ampliar a divulgação, os ativistas realizam, além dos debates, oficinas para crianças e jovens pintarem, desenharem e desenvolverem suas próprias camisetas personalizadas. A cada dia com mais força entre os veganos, o Não Mate também defende uma busca pela alimentação saudável e consciente, com sugestões que ensinam como se alimentar sem fazer uso da carne animal e eventos com ações de intervenção artística como a plantação de mudas, e criação de novos ambientes com temas de animais.

O Não Mate traz a proposta de refletir sobre a verdadeira natureza dos bichos e faz pensar sobre quais direitos permitem que os matem para saciar o consumo em massa. Entre os cartazes distrubuídos pelo movimento, onças, ovelhas, zebras, macacos, ratos e vacas aparecem acompanhados por uma frase de apelo; “o que te faz pensar que você pode me torturar?’’. Trata-se de um movimento que não cria holofotes para representantes ou para qualquer um dos ativistas, mas que defende uma nova maneira de ver os animais, como parte da raça humana, e que precisam de cuidados e respeito.

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