Julho amarelo Hospital Miguel Arraes realiza ação contra Hepatites Virais nesta sexta-feira Evento terá palestra sobre a doença, além da realização de 200 testes rápidos para detectar hepatites dos tipo B e C

Publicado em: 27/07/2017 20:53 Atualizado em:

O Hospital Miguel Arraes (HMA), no Paulista, promove uma ação no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, nesta sexta-feira (28), a partir das 9h.  

A infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Cátia Arcuri, e o coordenador de Clínica Médica do Hospital Miguel Arraes, Fábio Queiroga, irão  ministrar uma palestra sobre a doença. Em seguida, o Laboratório e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NEPI) do HMA estarão realizando 200 testes rápidos para Hepatites B e C. O resultado sairá em 30 minutos e os casos positivos serão encaminhados para o IMIP, no Recife. 

O HMA atende uma média de 32 pacientes por mês com os sintomas da doença. De janeiro até este mês de julho foram 225 notificações de casos suspeitos. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de três milhões de pessoas, em todo o Brasil, estão contaminadas com a doença. 

Em 10 anos, o país registrou mais de 300 mil novos casos, com mais de 37 mil óbitos. A Hepatite C é a mais perigosa e a que mais mata no Brasil, sendo responsável por 70% das mortes. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer de fígado são causados por hepatites virais. Para a OMS, as hepatites virais são 10 vezes mais infecciosas que o vírus da Aids.

Sintomas

Os principais sintomas da hepatite são febre, náuseas, vômitos, mal-estar, pele e olhos amarelados, além de falta de apetite e urina escura. Na presença deles, deve-se procurar uma unidade de saúde para realizar o exame de sangue capaz de detectar a existência do vírus no organismo.

A mais conhecida de todas é a Hepatite A (HAV), cujo vírus é transmitido por água ou alimentos contaminados com as fezes de um portador humano. Por isso está relacionada às más condições de higiene e/ou saneamento básico. Não há tratamento específico, mas a evolução em geral é boa e a recuperação é completa.

As mais graves são a Hepatite B e C (HCB e HCV), cujos vírus podem ser transmitidos por relações sexuais desprotegidas ou por procedimentos que envolvem sangue, sem os devidos e fundamentais cuidados de esterilização. O problema da hepatite C é que ela pode ser totalmente assintomática nas fases iniciais. Muitos ficam sabendo que a possuem por exames laboratoriais. Apenas 20% dos acometidos se curam. Os 80% restantes em geral evoluem para quadros crônicos. Desses, uma parcela pode evoluir para cirrose ou para o carcinoma de fígado. 


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