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Istambul, um olhar no passado

Com sete séculos de história, civilizações antigas oferecem beleza, cultura e um passeio inesquecível pelo seu universo

Publicado em: 09/06/2018 12:14 | Atualizado em: 09/06/2018 13:07

Entrada da Hagia Sophia (Alice de Souza/DP)
Entrada da Hagia Sophia (Alice de Souza/DP)
Antiga Bizâncio, colônia grega sete séculos antes de Cristo; ex-Constantinopla, sede do Império Romano; palco, há 565 anos, do episódio que marcou o fim da Idade Média. São muitos os fatos históricos sob os ombros de Istambul, a maior cidade da Turquia. Meio Ásia, meio Europa, entre a tradição do Oriente e a ânsia de novidades do Ocidente, Istambul resiste milenar renovando seu fascínio. Com mais de 13 milhões de habitantes, é um roteiro ao mesmo tempo exótico e fundamental para entender as heranças deixadas por parte das civilizações passadas.

Epicentro das grandes transações comerciais de outrora, Istambul é movimento. Pessoas indo e vindo a todo momento, ruas cheias, comércio efervescente e noite agitada. É caótica como qualquer metrópole, com trânsito conturbado e motoristas dispostos a entrar em confusão pelo mínimo estranhamento. Por outro lado, é sagrada. Lar de uma população 99% muçulmana, que olha o horizonte e sempre encontra um minarete anunciando a hora da oração, nas mais de 3 mil mesquitas da cidade. 

Exuberante, Istambul surpreende pela beleza. E também causa estranhamento aos olhos acostumados aos ritos e gostos ocidentalizados. Requer alerta das mulheres, que nem sempre se sentem à vontade em caminhar sozinhas pelas suas ruas e, por vezes, são assediadas. 

No passeio não pode faltar uma visita ao Grand Bazaar com cerca de 4 mil lojas, divididas entre mais de 60 corredores, esse grande mercado aberto transpira a alma turca. Não há como passar por Istambul sem visitá-lo. Localizado no distrito de Fatih, o Grand Bazaar é um dos centros comerciais mais antigos do mundo e já foi o mais importante do mediterrâneo. 

Um lugar que, ao mesmo tempo, guarda resquícios da fé islâmica e cristã. A Hagia Sophia já foi mesquita e também basílica. Construída durante o Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla, entre 532 e 537, a Hagia foi durante um século a maior catedral do mundo. Em 1453, foi transformada em mesquita muçulmana. Já em 1931, encerrou suas funções religiosas e transformou-se em um museu. É um dos atrativos mais icônicos e imponentes de Istambul. 

Já a mesquita azul, com seus seis minaretes, fruto dos sonhos do sultão Ahmet foi construída no início dos anos de 1600, para competir com a Hagia Sophia, a mesquita é decorada com 20 mil azulejos e tem 260 janelas. Não tão famosa quanto as outras atrações, mas igualmente imperdível é a Cisterna da Basílica, uma construção subterrânea bizantina, erguida a mando do imperador Justiniano, para armazenar água. Descer as escadas rumo ao submundo escuro da cisterna é ser transportada para o passado imediatamente. Próximo à Hagia Sophia e também à Mesquita Azul, está o hipódromo. Um espaço que hoje é uma praça e foi uma das obras mais importantes da época do imperador Septimus Severus. 

Passeio de barco pelo estreito de Bósforo (Alice de Souza/DP)
Passeio de barco pelo estreito de Bósforo (Alice de Souza/DP)
Um fim de dia perfeito em Istambul pede um passeio de barco pelo Estreito de Bósforo. Da ligação entre os mares Negro e de Mármara, que faz a divisão entre os continentes Europeu e Asiático, a cidade se apresenta sob outra perspectiva. Navegando durante uma hora e meia, o tempo médio do passeio que começa no braço de mar conhecido como Chifre de Ouro, o turista consegue perceber a diferença arquitetônica entre os dois lados continentais e tem uma visão singular de ruínas, palácios otomanos e mesquitas erguidos às margens dos mares. No fim da tarde, o pôr do sol é quase uma súplica irrecusável da cidade para ganhar o coração do visitante.

A repórter viajou a convite da Obra de Maria
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