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Notícia de Turismo
MUSEUS Cheias de personalidade, casas de artistas famosos atraem turistas Construções onde viveram artistas, cientistas e pintores célebres pelo mundo estão abertas à visitação pública. Elas abrigam móveis, objetos pessoais e contam histórias

Por: Rafaela Pancery - Especial para o Correio - Correio Braziliense

Publicado em: 24/05/2016 10:16 Atualizado em: 23/05/2016 17:54

Jardins da casa de Claude Monet, em Giverny, França. Foto: Michael Osmenda/Wikimedia Common
Jardins da casa de Claude Monet, em Giverny, França. Foto: Michael Osmenda/Wikimedia Common

Entrar na casa de uma pessoa é a chave para conhecê-la bem. A máxima, claro, vale para os famosos. Nada melhor do que visitar o quarto onde dormiu, a cozinha onde jantou e a sala por onde passou uma personalidade querida. Fãs e curiosos explorar e invadir, com permissão, os lares de quem tanto admiram.

Os apaixonados por pintura, por exemplo, vão se sentir dentro de uma obra de arte ao visitar a casa de Claude Monet, em Giverny, na França. Os jardins que inspiraram o pintor impressionista a fazer vários de seus quadros estão ali, intactos, até hoje. Na entrada, ornamentos de rosas trepadeiras chamam a atenção. Toda a fachada da maison é coberta por heras americanas.

O rei do rock, a rainha do crime, o maior dramaturgo da história e outros gênios também imprimiram personalidade e charme em seus lares — hoje, museus. Passear por essas construções pode render boas lembranças e deixar qualquer roteiro de viagem mais interessante.

Elvis Presley (Memphis, Estados Unidos)
Foto: Joseph Novak/Wikimedia Common
Foto: Joseph Novak/Wikimedia Common

Em Graceland, mansão do rei do rock, os visitantes veem tudo, mas circulam só pelos corredores. Vá até a sala onde o músico assistia a três tevês ao mesmo tempo. O Jungle Room, cuja decoração lembra florestas tropicais, faz sucesso. Ao lado da casa, há um espaço destinado aos carros e aviões do astro. O Trophy Building contém discos de ouro, prêmios e figurinos. No Meditation Garden, Elvis está enterrado com seus pais e avó. A mansão, localizada em Memphis, no estado de Tennessee, nos Estados Unidos, foi comprada por Elvis no início da carreira. Foi lá que o mito da música e do cinema morreu, há 39 anos.

» Preços: R$ 60 a R$ 311

Claude Monet (Giverny, França)
Foto: Michael Osmenda/Wikimedia Common
Foto: Michael Osmenda/Wikimedia Common

O francês Oscar-Claude Monet foi o mais célebre entre os pintores impressionistas. A casa onde viveu o artista, em Giverny, conta muito da sua obra. As plantas cobrem e colorem todo o edifício por um simples motivo: Monet queria que sua residência se confundisse com o jardim. Os cômodos traduzem a paixão por cores. A sala de estar é decorada em tons de azul. Na sala de jantar, o amarelo predomina. A casa e os jardins — recheado de ninfeias — estão abertos diariamente, entre o início de abril e o fim de outubro. Uma dica: a visita é mais bonita em maio, no auge da primavera. Há transporte do centro de Paris para a casa de Monet.

» Preços: R$ 23 a R$ 41

Albert Einstein (Berna, Suíça)
Foto: Gerd Kortmeyer/Wikimedia Common
Foto: Gerd Kortmeyer/Wikimedia Common

O flat onde Einstein viveu seus últimos dias de vida, em 1905, inspira emoção. Na entrada, uma ilustração da Via Láctea. Adiante, uma escada em espiral convida o visitante ao segundo andar. Ali, a vida de Einstein, sua mulher, Mileva, e seu filho, Hans, é exposta em detalhes a partir de móveis, fotografias e textos do cientista. No terceiro piso, há uma exposição da biografia de Einstein, além de livros e cartões-postais para levar de lembrança.

» Preço: R$ 17 a R$ 22

Van Gogh (Auvers-sur-Oise, França)
Foto: Van Gogh Fr/Reprodução
Foto: Van Gogh Fr/Reprodução

A uma hora de trem partindo de Paris, o Albergue Ravoux abriga um pequeno quarto alugado por Van Gogh a 3,50 francos por dia, em 1890. Depois de visitar o cômodo, a dica é assistir a um filme sobre as cartas trocadas entre ele e seu irmão, Theo. Elas são pistas para decifrar algumas das mais de 70 pinturas do artista. O prédio preserva um restaurante frequentado pelo pintor no passado.

» Preços: de R$ 16 a R$ 24

Agatha Christie (Devon, Inglaterra)
Foto: Jason Ballard/Wikimedia Common
Foto: Jason Ballard/Wikimedia Common

A mansão Greenway foi casa de veraneio de Agatha Christie, também conhecida como a rainha do crime, e sua família. Objetos pessoais, lembranças de viagens e coleções da escritora podem ser vistos exatamente como foram deixados. Há dominós e jogos de cartas em frente à lareira. Na biblioteca, uma gravação do neto de Agatha, Mathew, revela como foi passar férias ali. O piano tem destaque no lugar. Os visitantes inclusive podem arriscar algumas notas.

» Preços: R$ 21 a R$ 46

Salvador Dalí (Portlligat, Espanha)
Foto: Monkeys Montain/Reprodução
Foto: Monkeys Montain/Reprodução

São duas horas de viagem de Barcelona até a cidadezinha preferida dos fãs do surrealismo. A estrutura da casa é labiríntica, com corredores estreitos e sem saída. Na entrada, um urso empalhado segura um abajur e também serve de porta guarda-chuvas e porta-cartas. O pátio tem a decoração mais impactante — um sofá com formato de lábios, ovos gigantes, caveiras e a escultura El cristo de los escombros, montada com o que sobrou de um dilúvio.

» Preços: R$ 16 a R$ 44

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, Inglaterra)
Foto: Pessimists/Wikimedia Common
Foto: Pessimists/Wikimedia Common

A casa construída no século 16 recebe, por ano, cerca de 1 milhão de turistas. A estrutura é simples, de madeira. Metade do espaço abriga uma fábrica de luvas que pertenceu ao pai de Shakespeare. O tour guiado inclui visitas a todos os cômodos e é útil para entender o modo de vida da família. Para ajudar na ambientação, observe os móveis originais da época e a famosa janela de vidro com assinaturas de visitantes, instalada ali há séculos.

» Preços: R$ 46 a R$ 105

Sigmund Freud (Viena, Áustria)
Foto: Okie Surfer/Flickr
Foto: Okie Surfer/Flickr

O endereço oficial do pai da psicanálise mantém a mobília original do consultório de Freud, que viveu ali por quase 50 anos. Os visitantes podem ver o famoso divã em que os pacientes deitavam durante as sessões de terapia. Outro destaque na casa-museu é a coleção de antiguidades egípcias, gregas e romanas de Freud. A maior parte de sua obra escrita nasceu ali. É possível ver fotos, manuscritos e as primeiras edições de seus livros.

» Preços: R$ 4 a R$ 12

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