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Serengeti Safári é uma das atrações mais procuradas do Busch Gardens de Tampa: proximidade com animais encanta os turistas |
Orlando e Tampa – Não é preciso embarcar num trem em uma das estações da África Oriental, entre a Tanzânia e o Quênia, para participar de um safári e ter contato com animais selvagens da savana ou das florestas. No Busch Gardens, em Tampa, entre as diversões com brinquedos temáticos e montanhas-russas, os visitantes podem optar por trilhar pequenos zoológicos no caminho para atrações ou embarcar por uma expedição numa minirreserva de 26 hectares. Na carroceria de uma picape fora de estrada chega-se bem perto de rinocerontes, girafas e antílopes no Serengueti Safári. A aventura pode ser adquirida por US$ 29 a US$ 39, dependendo da temporada, e promete interação e contemplação.
Atílopes e outros mamíferos ruminantes pastam em bandos ao longo dessas estradas que reproduzem a savana africana. Até as espécies de árvores são daquele continente, reforçando ainda mais a sensação de estar do outro lado do Oceano Atlântico. Essa atmosfera só é quebrada quando um dos carrinhos de montanha-russa aparecem num loop passando por sobre a cabeça de quem está nas picapes, com as pessoas gritando lá de dentro com a manobra em alta velocidade. Pena que de dentro dos carrinhos não dá para ver os animais justamente por causa da rapidez.
O ponto alto do Serengueti Safári para muitos dos visitantes, no entanto, é o contato com as 22 girafas que habitam o espaço. Enquanto contam sobre a dieta e o hábito dos animais de pescoço comprido, os guias da expedição distribuem folhas de alfaces para que cada visitante alimente os animais africanos. Os bichos invadem a picape com seu pescoço sem qualquer cerimônia e devoram os vegetais ofertados, chegando a lamber os beiços com suas línguas roxas. Uma festa, que permite aos passageiros alisar o pelo dos animais, fazer um carinho e, claro, aproveitar para tirar uma selfie.
Em outro espaço, chamado Cheetah Run, ou Corrida do Guepardo, o Busch Gardens conseguiu reproduzir uma das demonstrações mais interessantes da vida selvagem dentro de seu parque. Com treinamento e uso de uma isca artificial, remontaram a disparada do guepardo, o mamífero mais rápido do planeta, que chega a ultrapassar os 110 km/h em suas caçadas nas planícies africanas. Num cativeiro comprido, os treinadores armaram cordas que parecem varais presos a polias. A isca, que parece um coelho peludo, fica presa na corda e é acelerada pelo percurso a 95km/h. Basta abrir a jaula que o guepardo corre como uma bala atrás da isca.
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Em Orlando, um exemplo de vida na Antártida precisa de uma superestrutura para manter temperaturas ideias para os pinguins, que são de verdade |
MAIS PERTO DA ANTÁRTIDA A reprodução de hábitats extremos não se limita às planícies da savana. Em Orlando, o Seaworld conseguiu recriar as paisagens desoladas da Antártida e suas legiões de pinguins numa atração chamada Antartida: empire of the penguin. A entrada dos visitantes se dá por uma atração interativa que narra a saga de um filhote de pinguim que luta para sobreviver de seus predadores e dos desafios impostos pelo continente gelado até a idade adulta.
Por fim, os turistas chegam ao glaciário artificial que é mantido a zero grau com o funcionamento de cinco grandes máquinas de gelo. É preciso manter esse freezer gigante nessa temperatura para que os 260 pinguins, divididos em quatros espécies, consigam sobreviver, acasalar, botar seus ovos e criar seus filhotes. Os nados e mergulhos dos animais são impressionantes e podem ser vistos, já que a piscina que simula o mar antártico tem as bordas transparentes. As aves conseguem atingir velocidade superior a 40 km/h em seus mergulhos.
O cuidado com os pinguins é grande, já que demandam dieta e equipe especializada. Até para saber se um indivíduo é macho ou fêmea é difícil, pois morfologicamente os dois sexos são idênticos. Só com amostras de sangue e exames de DNA essa diferenciação é possível.