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Enoturismo Sabor de história: os antigos e doces vinhos da África do Sul Há mais de três séculos, as primeiras vinhas chegavam à Cidade do Cabo e davam início à cultura vinícola do país. Atualmente, os vinhos sul-africanos são reconhecidos pelo aroma leve e adocicado, produzido em larga escala

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 11/09/2015 09:24 Atualizado em:

A África do Sul é um dos poucos países do continente a produzir vinhos em larga escala. Foto: Gianluigi Guercia/AFP
A África do Sul é um dos poucos países do continente a produzir vinhos em larga escala. Foto: Gianluigi Guercia/AFP

Há exatos 361 anos, portugueses expulsavam as últimas colônias holandesas do Brasil; indianos terminavam a construção do Taj Mahal, um dos monumentos mais conhecidos do mundo; e o Tratado de Westminster colocava um fim à Primeira Guerra Anglo-Holandesa, que matou cerca de 5 mil pessoas. O ano de 1654 também marcou a história da África do Sul: foi quando o médico holandês Jan van Riebeeck levou as primeiras videiras para a Cidade do Cabo, dando início à produção de vinhos sul-africanos.

A África do Sul é um dos poucos países do continente a produzir vinhos em larga escala. A primeira garrafa da bebida foi fabricada em 1659 e marcava pelo gosto forte e encorpado. Quase meio século depois, o surgimento do Vin de Constance — uma bebida de sobremesa, com aroma adocicado de pêssegos —, deu visibilidade internacional ao país nessa área. O vinho era um dos preferidos de personalidades europeias, como o rei Luís Felipe, da França, e o líder político Napoleão Bonaparte.

Apesar do início promissor, a vitivinicultura da África do Sul quase teve um fim. A expansão desordenada de vinhedos culminou na produção de vinhos sem qualidade e pouco atrativos. Para sanar este problema, alguns produtores se juntaram e fundaram a Kooperatiwe Winjnbouwers Vereniging (KWV), uma associação que regularia toda a fabricação e exportação da bebida no país. O regime de apartheid também prejudicou os vinhos sul-africanos, que se tornaram produtos de consumo interno.

Com o fim do apartheid, em 1994, as vinícolas do país tiveram que se adaptar ao mercado internacional e foram praticamente obrigadas a passar por um processo de aperfeiçoamento. Segundo informação da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a África do Sul é a oitava maior produtora do mundo e conta com mais de 100 mil hectares de vinhedos plantados e cerca de 350 vinícolas. 

Vergelegen Estate (Cidade do Cabo)
vergelegen.co.za
Fundada em 1700, por Willem Adriaan Var der Stel, governador da Cidade do Cabo na época, a vinícola é famosa por produzir alguns dos vinhos artesanais mais finos da África do Sul. Três vezes vencedora da Great Wine Capitals Global, concurso que elege o melhor do turismo enológico ao redor do mundo, a Vergelegen oferece ao visitante a oportunidade de conhecer os 17 jardins e as adegas da vinícola.

Groot Constantia (Cidade do Cabo)
grootconstantia.co.za
A vinícola mais antiga da África do Sul, a Groot Constantia é reconhecida internacionalmente pela produção de tintos de alta qualidade e vinhos de sobremesa. Uvas francesas, como a Shiraz, a Merlot e a Pinotage, são as mais encontradas nos 750 hectares de vinhas. Durante o passeio pela vinícola, considerada patrimônio da Província Ocidental do Cabo, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o processo de fabricação e experimentar algumas das melhores garrafas.

La Motte (Franschhoek)
la-motte.com
Localizada no belo vale de Franschhoek, uma das melhores regiões para a produção de vinhos da Áfica do Sul, a vinícola é lar de garrafas finas, reconhecidas pela qualidade superior e pela peculiaridade. Durante o tour pela fábrica, visitantes são agraciados com uma experiência única de degustação de vinhos harmonizados com pratos da culinária local. É possível, ainda, conhecer algumas das adegas e apreciar as exposições do Museum La Motte.


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