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Ranking Pesquisa mostra que 12 dos 25 melhores museus da América do Sul estão no Brasil Lista conta com nomes como Instituto Ricardo Brennand, no Recife (PE), Inhotim, em Brumadinho (MG), e Museu Imperial, em Petrópolis (RJ)

Por: Zulmira Furbino -

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 09/07/2015 13:48 Atualizado em: 09/07/2015 14:00

Instituto Ricardo Brennand é considerado um dos melhores museus da América do Sul. Foto: Teresa Maia/DP/DA Press
Instituto Ricardo Brennand é considerado um dos melhores museus da América do Sul. Foto: Teresa Maia/DP/DA Press

Entre os 25 museus mais bem avaliados do mundo pelo Traveller's Choice Museus em 2014 estão o The Art Institute of Chicago, em Chicago (EUA), o Museu de Antropologia, na Cidade do México (México), o Musse d'Orsay, em Paris (França), o Hermitage, em São Petesburgo (Rússia), o British Museum, em Londres (Inglaterra), o Museu da Acrópole, em Atenas (Grécia), além do Instituto Ricardo Brennand, no Recife (PE), e do Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG). Na lista divulgada pelo TripAdvisor na América do Sul, os dois museus ficaram em 1º e 2º lugares, respectivamente. Na lista brasileira, há outras instituições de destaque, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu Imperial, em Petrópolis (RJ), e o Catavento Cultural e Educacional, em São Paulo (SP), entre outros. Todos imperdíveis, cada um do seu jeito.

O Instituto Ricardo Brennand, por exemplo, é um espaço cultural sem fins lucrativos aberto ao público em setembro de 2002. Trata-se do museu mais visitado do Norte e Nordeste e um dos 10 mais frequentados do Brasil, segundo censo da revista inglesa The Art Newspaper em 2011. O conjunto está localizado nas terras do antigo Engenho São João da Várzea, que no século 17 foi propriedade de João Fernandes Vieira, um dos principais líderes da Restauração Pernambucana de 1654. Erguido sobre uma colina terciária, cercado por árvores frutíferas e da mata atlântica, o Instituto Ricardo Brennand está situado numa área de 77.603 metros quadrados, local com significativo percentual de mata atlântica preservada.

No acervo da história de Pernambuco, o destaque é a coleção de Frans Post. Trata-se do maior acervo de obras do pintor holandês – o primeiro paisagista das Américas –, que esteve no Brasil no século 17 integrando a comitiva do conde João Maurício de Nassau. Entre as instalações do espaço estão a pinacoteca, que oferece exposições permanentes, e o Museu Castelo São João, que abriga a maior coleção de armas brancas do mundo de um colecionador particular. Nesse prédio, os visitantes podem conferir vários modelos de armaduras e telas orientalistas, além de algumas esculturas em mármore. Ficam expostas mais de 6 mil peças provenientes da França, Holanda e de outros lugares da Europa e do Brasil. Atenção para as 27 armaduras completas, como o raríssimo conjunto cavalo-cavaleiro-com-armadura em estilo Maximiliano, de origem germânica, do século 16, e instalado na Sala dos Cavaleiros.

No IRB, ficam expostas mais de 6 mil peças provenientes do Brasil e da Europal.Foto: Teresa Maia/DP/DA Press
No IRB, ficam expostas mais de 6 mil peças provenientes do Brasil e da Europal.Foto: Teresa Maia/DP/DA Press

Obras de peso


Conhecer o Instituto Inhotim deveria ser uma obrigação de 10 entre 10 moradores de Belo Horizonte, do Brasil e do mundo. O complexo museológico tem uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas contemporâneas produzidas por artistas de várias partes do mundo, expostas ao ar livre. Trata-se de um espaço multidisciplinar distribuído em 37 galerias permanentes, com obras de Cildo Meireles, Cristina Iglesias, Chris Burden, Ariana Varejão, Hélio Oiticica, George Bures Miller e Janet Cardiff, só para citar alguns.

Em Inhotim, o paisagismo é outra atração incrível. Em 2010, o instituto recebeu a chancela de jardim botânico, atribuída pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (CNJB). A área tem 5 mil acessos, que representam 181 famílias botânicas, 935 gêneros e pouco mais de 4,2 mil espécies vasculares. Trata-se da maior coleção em número de espécies de plantas vivas entre os jardins botânicos brasileiros. Por essas e por outras, o Instituto está entre os 25 mais bem avaliados do mundo pelos turistas. Vale um dia inteiro de visita e muitos bis.

Já a Pinacoteca do Estado de São Paulo é um museu de artes visuais que tem ênfase na produção brasileira do século 19. É o museu mais antigo de São Paulo (foi fundado em 1905) e está instalado no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século 19. O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência do então Museu do Estado, hoje Museu Paulista da Universidade de São Paulo, de 26 obras de importantes artistas que atuaram na cidade, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antonio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. A cada ano, a Pinacoteca realiza cerca de 30 exposições e recebe aproximadamente 500 mil visitantes.

O Museu Imperial, em Petrópolis, fica no antigo Palácio Imperial de Petrópolis, a residência de verão de dom Pedro II entre 1849 e 1889. A cidade cresceu no entorno da edificação. Inaugurado em 16 de março de 1943 com acervo importante, nas últimas sete décadas o local acumulou expressivos conjuntos documentais, bibliográficos e de objetos. Hoje, são cerca de 300 mil itens. O entardecer do lado de fora do Museu Imperial é lindo. À noite, uma festa de fogos torna o local supervisitado. De quinta-feira a sábado, às 20h, o museu oferece o espetáculo Som e luz. Nesse caso, o ideal é comprar os ingressos com algumas horas de antecedência, já que a capacidade por espetáculo é de 250 pessoas.

A opção preferida das crianças em São Paulo, o Catavento Cultural e Educacional, museu de ciência e tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura, é um espaço interativo de artes, ciência e conhecimento. Dividido em quatro grandes sessões – universo, vida, engenho e sociedade –, nas instalações do espaço se materializam ideias simples, como a reprodução do chão da Lua com a pisada do astronauta Neil Armstrong ou a possibilidade de apertar uma das estrelas da bandeira do Brasil descobrindo o estado que ela representa. É possível, ainda, ver o funcionamento de uma hidrelétrica em miniatura; experimentar confusões do cérebro na “casa maluca” ou ainda compreender como funciona a eletricidade estática, que faz os cabelos ficarem em pé.

Mas também há obras complexas, como a Sala do Corpo Humano, localizada na seção Vida, que utiliza vídeos, maquetes e animações para mostrar o funcionamento de quatro sistemas – respiratório, cardiovascular, digestório e nervoso. Também é possível conferir um experimento que utiliza bexigas para reproduzir o movimento dos pulmões; uma reprodução oito vezes maior que um coração natural mostrando suas cavidades, válvulas, veias e artérias. Além disso, a exposição permanente Do macaco ao homem apresenta um acervo único na América Latina, e leva o visitante a voltar 7 milhões de anos no tempo para entender os principais passos da linha evolutiva da espécie humana. Já a instalação Viagem ao fundo do mar convida o visitante a entrar em um submarino que o levará a uma viagem interativa e divertida. A tripulação, composta por 24 exploradores, participa de uma sessão de pesquisa no fundo do mar.

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