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Novo point do Recife: quatro lugares para conhecer na Rua Amélia
Importante via do bairro das Graças, Zona Norte do Recife, vem se tornando ponto de encontro para quem quer tomar um café, lanchar um açaí, comer um waffle ou jantar um temaki
Publicado: 30/03/2015 às 11:01

Poltronas coloridas ajudam a decorar o Na Venda. Foto: Nando Chiappetta/DP/DA Press()

Mas o cardápio vai além dos chocolates e cafés. Quiches, coxinhas, pães de queijo e sopas atraem visitantes, sobretudo, no final da tarde, início da noite. "Como essa área é bastante residencial, tem cliente que vem quase todos os dias fazer um lanche ou tomar um café". Os bolos são um diferencial. À parte aqueles produzidos pelo chef Gurgel, natural de Igarassu, no interior do estado, há receitas familiares, como o bolo Dona Del, batizado com o apelido da mãe de Lygia. A receita e o preparo são dela, que vez ou outra colabora também com o atendimento aos clientes. Uma fatia do bolo que leva castanha e farinha de rosca custa R$ 9,20. Não dá para comprar as tais poltronas, mas vale saborear a fatia sentado em uma delas. O Na Venda funciona às segundas-feiras, das 14h às 20h, e de terça a sábado, das 9h às 20h.

Na mesma galeria, a novidade é a chegada do Açaí Beat (F.: (81) 3019-1888), franquia vinda de Belo Horizonte (MG), administrada por João Neto. Como o nome do empreendimento sugere, o foco está no açaí, fruto que dá origem a sucos, smoothies e vitaminas que caíram no gosto do pernambucano. Na Rua Amélia, as combinações possíveis são inúmeras. Se for tomar no copo, o cliente deve escolher se quer 200, 300, 500 ou 700 ml, com preços variando entre R$ 6 e R$ 15. Na tigela, as porções são de 350 ml (R$ 8,50) ou 700 ml (R$ 16). E por cada ingrediente extra adicionado, é cobrada uma taxa de R$ 1,50 ou R$ 2, a depender do insumo. São 24 opções. Já os smoothies vêm em quatro sabores distintos: mousse de maracujá, leite condensado com morango, manga ou abacaxi com água de coco. 300 ml valem R$ 10 e 500 ml, R$ 12.

A ciclofaixa móvel que cruza a Rua Amélia nos domingos e feriados tem ajudado a divulgar a lanchonete. "Percebo que os ciclistas não param pra lanchar, provavelmente porque já tomaram café ou estão indo pra algum almoço. Mas muitos deles voltam no dia seguinte pra experimentar", analisa João. Há dois anos, seu plano era juntar uma grana para passar uma temporada fora do país. Nesse meio-tempo, Bruna Chacon, sua irmã, descobriu a Açaí Beat, abriu duas franquias nos shoppings Recife e RioMar e sugeriu que o irmão tocasse uma sede na Amélia. Deu certo. E os planos de morar no exterior foram adiados. "Inauguramos em dezembro do ano passado e estamos indo muito bem". O Açaí Beat abre diariamente: de segunda a sexta-feira, das 11h às 22h, e sábados e domingos, das 14h às 22h.

Em atividade desde junho de 2012, a Esbarre (F.: (81) 3049-3223) é a queridinha dos passantes da Rua Amélia. Aberta de domingo a domingo, das 10h às 22h, atrai um público variado. Estudantes de colégios próximos, empresários em reunião, casais no fim do dia, famílias nos finais de semana. O boca-a-boca parece destacar os waffles, especialidade da casa, mas a cozinha prepara brownies e panquecas com esmero equivalente. Entre os salgados, baguetes, hambúrgueres, cachorros-quentes e omeletes são os protagonistas. No horário do almoço, no entanto, entram em cena os pratos executivos. Há menos de um mês, três opções vêm agradando quem deseja uma refeição, mas precisa almoçar em um curto período de tempo. "A ideia é unir a qualidade de um restaurante à rapidez de um fast food", defende Pedro Granja, proprietário. O preço é outro chamariz. Tanto o estrogonofe de frango, com arroz branco e batata palha, como o polpetone parmegiana saem a R$ 16,90. A massa com camarão, a R$ 19,90.

Fincado em um posto de gasolina na Amélia, lançar a Esbarre foi um desafio. "Quando inauguramos, ainda não havia tantas opções gastronômicas nessa rua. Resolvemos apostar". De lá para cá, algumas alterações foram feitas, mas a identidade da casa segue a mesma. Junto à chef Melissa Trigueiro, o designer Sebba Cavalcante desenvolveu marca, conceito e ambientação. O ambiente é descontraído e subverte a lógica de que posto de gasolina não é lugar de boa comida. Passando às bebidas, o cappuccino gelado com chantilly (R$ 12,70) também atrai olhares. "É daqueles pedidos que quando chegam à mesa, quem está sentado próximo fica curioso pra saber do que se trata", comenta Bruno Leiria, atual consultor do cardápio. Por trás da Esbarre, há, ainda, um estacionamento exclusivo com nove vagas aos clientes. O acesso é pela Rua Esmeraldino Bandeira.

Já na esquina com a Avenida Rui Barbosa, a galeria Top Center foi endereço de muitos anos da Babete, clássico self-service das Graças. Depois que o empresário João Queiroz assumiu, a Babete virou Hakone (F.: (81) 3126-1491), restaurante de comida japonesa. Mas não teve jeito. A frequência de público na hora da almoço fez com que João mantivesse a comida a quilo, ainda que a tendência seja a temakeria tomar as rédeas do lugar. "Abrimos como Hakone em janeiro, ainda estamos sentindo o público. Mas a ideia é investir em temakis, sunomonos, sashimis e sushis", garante. Por ora, o horário do almoço recebe a clientela de segunda a sexta-feira, das 11h às 15h. Das 16h à 00h, o público encontra um cardápio com 34 temakis diferentes, entre frios e quentes. O salmão tradicional (cubos de salmão, cebolinho e gergelim) custa R$ 14,50, já o salmão fire (cone de salmão maçaricado, com camarão crocante e cream cheese), R$ 23,90.

São 26 lugares nas mesas do salão interno, mas a capacidade aumenta ao considerar os 16 assentos da área externa. À noite, o estacionamento da Top Center fica à disposição dos clientes do Hakone, já que a maioria das lojas funcionam em horário comercial. Caso estranhem o nome com o qual João batizou o espaço, ele mesmo explica. "Hakone é uma cidade do Japão, destino turístico de quem vai pra lá. Pelo que pesquisei, é um desses lugares que você conhece e não tem vontade de ir embora". A expectativa é de que a relação do cliente com a casa seja semelhante à do viajante com a cidade. Um dos responsáveis por conquistar o público pelo estômago é o consultor William Dantas, especialista em abrir restaurantes japoneses no Recife. Em breve, o cardápio inaugural deve, inclusive, ganhar uma cara mais arrojada. "Aguardem".

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