Vida Urbana
Top
Dez coisas de que os pernambucanos sentem falta quando moram fora
O Pernambuco.com lista uma dezena de saudades para quem nasceu em algum lugar entre a Praia de Boa Viagem e o Rio Capibaribe, mas vive longe de Pernambuco
Publicado: 25/03/2015 às 10:29

Bolo de rolo é Patrimônio Imaterial de Pernambuco desde 2008. Foto: Annaclarice Almeida/DP/DA Press()
1. Carnaval
Seja em fevereiro, seja em março, o ano só começa mesmo depois do carnaval. A maior festa popular do Brasil é superlativa em Pernambuco, sobretudo, no Recife e em Olinda, mas também no interior do estado, em Bezerros e Triunfo, por exemplo. Não raro, quem está morando fora se programa para visitar família e amigos durante a folia de Momo. É como unir o útil ao agradável. E não é só o pernambucano o principal interessado no carnaval: de acordo com o Ministério do Turismo, cerca de 900 mil turistas vieram brincar neste ano.

2. Calor (humano)
A alta temperatura nos faz blasfemar contra o sol a pino, é verdade. Mas o calor de que falamos aqui é outro. Aberto, atencioso, receptivo. Há quem diga que o povo pernambucano é o verdadeiro diferencial de Pernambuco. Se estiver no ônibus, alguém vai puxar assunto e se oferecer para segurar sua bolsa, durante o trajeto. Ao entrar em uma loja, facilmente você escuta como vocativo um "meu amor" ou um "meu anjo". Recebendo visita em casa, o melhor cômodo e a melhor refeição, claro, são destinados ao hóspede. Se for estrangeiro, então, todo mundo faz questão de mostrar o que há de mais interessante no estado. E ensinar uma palavra ou outra em português.
3. Sotaque pernambucano
Falando em idioma, o português ganha um charme a mais quando vira pernambuquês. Difícil encontrar mundo afora alguém exclamando "é massa!" em vez de "é legal!", apertando um "pitoco" em vez de um "botão", dizendo que a calça está "folote" em vez de "folgada", sendo chamado de "pirangueiro" em vez de "mão de vaca" ou mandando um "cheiro" em vez de um "beijo". Além dos vocábulos, o sotaque em si nos diferencia até dos vizinhos nordestinos.
4. Águas mornas
Ao aterrissar no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, uma placa avisa: são 187 km de litoral pernambucano. Tem piscina natural em Porto de Galinhas, tem banho de argila na Praia dos Carneiros, tem Coroa do Avião na Ilha de Itamaracá. O que une todas essas praias é a temperatura da água. Morna, atrai visitantes de todas as partes, desacostumados a um mar de 26º C. Mergulhe.

5. Bolo de rolo
Se um pernambucano estiver morando fora e um parente for visitá-lo, qual a primeira encomenda solicitada? O bom e velho bolo de rolo. A iguaria é vedete entre os doces de Pernambuco. Farinha de trigo, ovos, manteiga e açúcar compõem a receita. O toque especial é o recheio de goiabada. Por ser enrolado, ganhando uma aparência circular, muitos o confundem com um rocambole, mas nem pense em dizer isso a um pernambucano. Rocambole é rocambole, bolo de rolo é bolo de rolo. Desde 2008, é considerado Patrimônio Imaterial de Pernambuco.

6. Tapioca
No rol dos salgados, não tem para nenhum outro alimento. Seja aquela preparada no Alto da Sé, seja uma vendida na padaria da esquina, a tapioca é um clássico. A tradicional leva coco e queijo, mas há uma infinidade de opções de recheios. Correndo por fora, caldinho de feijão, queijo coalho, cuscuz ao leite de coco, bode assado e qualquer receita que leve milho disputam o paladar dos pernambucanos.

7. São João
Falou em milho, falou em São João. A festa junina reúne bolo de milho, munguzá, canjica e pamonha, sem esquecer o milho cozido ou assado. Na vitrola, forró, baião, xaxado e xote são a trilha sonora obrigatória. O guarda-roupa típico mistura camisa xadrez, vestido colorido e chapéu de palha. Adicione traque de massa, pau-de-sebo, balões e pronto. Depois do carnaval, o São João é a principal festividade em Pernambuco. Caruaru é considerado o polo maior, mas outras cidades não ficam atrás.

8. Belezas naturais
Quem mora em uma cidade sem rio e sem praia deve sentir ainda mais saudade do Recife. O cenário do centro da capital não seria o mesmo sem o Rio Capibaribe e as oito pontes que passam sobre ele. Nas suas margens, também um manguezal chama a atenção em meio à paisagem urbana. Sertão adentro, Petrolina é soberana com o curso do Rio São Francisco, que cruza ainda outros municípios do estado. Rumo ao litoral, o norte é capitaneado pelo mar verde-claro de Ponta de Pedras; e o sul, pelo balneário de Porto de Galinhas, eleita diversas vezes a melhor praia do Brasil.
9. Praia que vende de tudo
Nessas e em outras praias de Pernambuco, vende-se de tudo. No Recife, nem se fala. Nas areias de Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana, tem água de coco, refrigerante, cerveja gelada e até espumante. Se bater a fome, tem amendoim, camarão, caldeirada, peixe frito. O comércio ambulante contempla também biquíni, canga, chapéu, óculos de sol, pulseiras e outros acessórios. Há quem ofereça ainda, acredite, serviços de tatuador. À parte tudo isso, vale um mergulho, se a maré estiver baixa, formando as piscinas protegidas pelos arrecifes.

10. Vida cultural
Multicultural, Recife tem sempre um show, um festival, uma mostra, uma feira ou um batuque acontecendo pelas esquinas. Se o perfil for mais baladeiro, as melhores opções se encontram no bairro de Boa Viagem. Se preferir uma noite alternativa, as festas que acontecem na área central cumprem a missão. Para além das novidades musicais, a tradição é intensa pelas bandas de cá. Frevo, maracatu, caboclinho, cavalo-marinho e bois são manifestações tipicamente pernambucanas. Que resistem à passagem do tempo e à distância de quem mora longe.

Últimas

Mais Lidas
