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Notícia de TECNOLOGIA
Teoria da conspiração Seria Pokemon Go uma arma da CIA para entrar na sua casa? Em redes sociais, usuários debatem sobre a ligação da companhia responsável pelo jogo com o serviço secreto norte-americano e questionam as permissões dada ao jogo pelos usuários

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 25/07/2016 08:52 Atualizado em: 25/07/2016 11:36

Com cerca de 25 milhões de usuários diariamente, Pokemon Go talvez não seja apenas um jogo. Foto: Reprodução
Com cerca de 25 milhões de usuários diariamente, Pokemon Go talvez não seja apenas um jogo. Foto: Reprodução

Com a expectativa da chegada da febre Pokemon Go no Brasil nos próximos dias, crescem no Brasil as teorias de que o jogo não é apenas um jogo. Como muitos aplicativos para smartphone, o Pokemon Go exige que o usuário permita bisbilhotar bem mais do que parece ser necessário para usá-lo. Além da câmera, do GPS e do microfone, é necessário até dar permissão para que ele acesse objetos conectados ao smartphone pela porta USB.

A principal teoria da conspiração em fóruns de discussão da internet, como o Reddit, é de que as informações serão usadas para fazer um mapeamento de prédios privados. Aliadas às imagens de ruas e de satélites do Google Maps, seria como se o governo dos Estados Unidos tivesse o mundo mapeado. Uma característica que corrobora essa parte da teoria é que, quando o usuário aceita os termos de uso, já aparecem logo três pokemons por perto do usuário. Ao procurar por pokemons dentro de uma residência, empresa ou outro imóvel privado, o aplicativo terá uma foto e uma localização de GPS deste local. Até mesmo o som que está nele, já que o microfone também está liberado. Nada também muito diferente de outros aplicativos que usam fotos e geolocalização, como o Instagram.

Alguns usuários nos fóruns notaram que o próprio Pokemon Go deixa clara essa "espionagem", ao afirmar que poderão colaborar com a justiça caso sejam solicitados: "Nós podemos oferecer qualquer informação sobre você que está sob nossa posse ou sob nosso controle". Abaixo, o trecho em inglês do termo de uso do jogo. Novamente, nada muito diferente até do Facebook.


Um ponto da teoria que deixa tudo um pouco mais nebuloso é que a o dono da empresa que fez o jogo já recebeu fundos da CIA. A informação levou a Rússia a já considerar banir o jogo de aparecer por lá, o que ainda nem tem previsão de acontecer.

Outro ponto crucial para a privacidade do usuário é que ao jogar Pokemon Go você simplesmente permite que o jogo tenha acesso à sua conta no Google. O aplicativo pode vasculhar seus e-mails, ver suas fotos, arquivos no Drive, localizações recentes, o que você consulta no Google...ou seja, você praticamente abre sua vida online para o Pokemon Go. Mas se você ainda quer jogar Pokemon Go mesmo sabendo de tudo isso, ao fazer login com sua conta Google você deve "revogar acesso" ao aplicativo nas configurações do Google. Ah, mas essa "brecha" só funciona para quem usa iOS e deve ser repetida toda vez que abrir o jogo.

A discussão sobre a invasão de privacidade do Pokemon Go começou há algumas semanas nos Estados Unidos - onde o jogo já tem mais usuários que o Tinder -, mas no Brasil começou a ganhar força nos últimos dias. Um post no Facebook de um usuário brasileiro falando sobre várias dessas questões de segurança já recebeu mais de 16 mil compartilhamentos. Depois de tudo isso, será que ainda vale a pena tanta expectativa pelo jogo?




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