Samsung investe em linha de acessórios e serviços para fidelizar cliente
Fones de ouvido Gear IconX chegam ao Brasil no terceiro trimestre deste ano. Câmera que filma em 360 graus e serviço de pagamento digital também estão nos planos
Publicado: 16/06/2016 às 17:35

Bateria dos fones de ouvidos é recarregada na própria caixa. Foto: Luciana Morosini/DP/
A Samsung investe na sua linha de acessórios e serviços e ainda pretende ampliar o seu ecossistema com produtos interligados aos seus smartphones para fidelizar seu cliente. Para quem gosta de praticar atividades físicas ouvindo música, os fones de ouvido Gear IconX da Samsung chegam ao mercado brasileiro no terceiro trimestre deste ano. Além disso, a empresa prepara, mesmo que ainda sem previsão, o lançamento mundial da Gear 360, uma câmera que faz vídeos e imagens em 360 graus. No quesito serviço, a Samsung anuncia para breve a chegada do Samsung Pay, um serviço de pagamento digital.
O primeiro que aporta no país são os fones de ouvido IconX. O modelo já é vendido no exterior e se destaca por ser wireless, contar com sensores que rastreiam os passos e monitoram os batimentos cardíacos. Além disso, ele conta com 4GB de armazenamento para músicas, o que significa que o consumidor não precisa estar com o smartphone para usá-lo. A bateria é recarregada na própria caixinha do produto. Porém, é preciso ter disposição financeira também para comprar o produto, já que ele custa 199 dólares no exterior. No Brasil, o preço ainda não foi revelado.
Outra aposta da Samsung em relação aos produtos do portfólio é a câmera Gear 360, que permite uma boa interação com o mercado de realidade virtual. Ela vem equipada com duas lentes fisheye (olho de peixe), com sensores de imagens de 15M megapixels. Os vídeos são capturados em alta resolução. "Ela pode ser acionada pelo celular, porém não de uma distância muito distante. Ela não serve, por exemplo, para ser usada como câmera de segurança de casa porque as imagens são captadas em alta resolução", explica Renato Citrini, gerente Sênior de Produto da Divisão de Dispositivos Móveis da Samsung Brasil.
Quanto aos serviços prestados, em breve será lançado o Samsung Pay, um serviço de pagamento móvel. Ele dispensa a necessidade presencial do cartão. Para utilizar, também não é preciso nenhuma adaptação do estabelecimento. O pagamento pode ser feito através da tecnologia NFC e também da MST (Magnetic Secure Transmission). Nesta última, o celular emite um sinal para o leitor da máquina. O programa já tem alguns parceiros financeiros no Brasil, como Caixa, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Nubank, além das bandeiras Visa e Master. O sistema é compatível com os aparelhos de smartphone S6 Edge Plus, Note 5, novos A5 e A7 e os S7 e S7 Edge.
"Este serviço vai decolar com força porque é uma forma muito segura de pagamento. Para lançar este sistema com os bancos, eles prezam muito pela segurança e estão fazendo muitos testes. Além disso, se a pessoa esquecer o cartão, não precisa voltar para casa para pegar a carteira. Ou, se tiver qualquer problema, não vai precisar esperar até que o banco envie outro. Um diferencial é que será aceito em qualquer lugar que aceite cartão, é simples e seguro", conclui Citrini.
MERCADO
Apesar da crise econômica que o Brasil atravessa, Renato Citrini acredita que o ramo dos celulares é um dos menos afetados com o desempenho negativo da economia. "O smartphone conecta você com o mundo e até uma proposta de emprego, atualmente, chega através do celular. Quem tem problema com o aparelho, logo acaba comprando outro", afirma.
Para ele, a crise foi mais sentida pelo setor no início do ano passado, mas a Samsung buscou meios de passar pelo período turbulento. "No primeiro semestre do ano passado, a crise bateu forte. Mas fizemos parcerias com o varejo e cada um abriu mão um pouco do negócio. Na época, também melhoramos as formas de parcelamento, fizemos campanhas mais agressivas", alerta.
Renato ressalta o portfólio da empresa, que oferece entre 15 e 20 produtos desde para quem busca algo na faixa de entrada quanto na topo. "Temos um portfólio que vai desde produtos de R$ 500 até R$ 4 mil. E o Nordeste é uma região que tem boa resposta para nossos produtos, com uso para tudo, desde o uso básico, para fotos e redes sociais, como os de luxo. O celular é essencial e o consumidor sabe que pode dividir em parcelas que cabem no bolso", ressalta Citrini.
Inclusive, o mercado de luxo cresceu bastante neste último ano. Segundo a consultoria IDC Brasil, a venda de smartphones com valor acima de R$ 3 mil representava 1,7% do total no primeiro trimestre de 2015 passaram a corresponder 5,3% no mesmo período deste ano. O volume saiu de 232 mil unidades para 490 mil. "Este mercado é menos sensível aos preços. O produto é o objeto de desejo e o consumidor vai comprar de todo jeito, vai encontrar uma solução e até parcelar", diz.

