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Notícia de TECNOLOGIA
Consumo E-commerce cresce mais de 20% em um ano Em Pernambuco o e-commerce apresentou um aumento de 9,18%

Por: Mariana Fabrício - Diario de Pernambuco

Publicado em: 31/03/2016 15:46 Atualizado em: 31/03/2016 20:31

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Até fevereiro deste ano, o e-commerce brasileiro cresceu 21%. É o que aponta uma pesquisa realizada pela BigData Corp, encomendada pela empresa de pagamento digital PayPal. O levantamento identificou o perfil das lojas online no Brasil até fevereiro deste ano. Para a empresa que fez a análise, o aumento de sites de vendas revela a migração dos estabelecimentos, já que mais de 80 mil lojas de varejo fecharam as portas em 2015, segundo a Confederação Nacional do Comércio.

A pesquisa mostra que aquelas lojas que mantém um site e também tem um negócio de maneira física representam 13,46% do total de 10,5 milhões de sites classificados como e-commerce no Brasil. Desse número, um total de 15 mil são responsivos, ou seja, se adequam automaticamente ao formato de tables e smartphones. "Esse ainda é um número pequeno e mostra que o investimento em mobile não acompanhou o crescimento do comércio eletrônico. Mas esse dado precisa aumentar, já que os resultados em buscas do Google, por exemplo, dão prioridade às páginas que se adequam a um dispositivo móvel e as compras são cada vez mais feitas por smartphones", comenta o CEO da BigData Corp, Thoran Rodrigues.

Somente no ano passado, 13% do gasto total online em todo mundo foi via dispositivo móvel. Em contradição aos números brasileiros apontados pela pesquisa, o crescimento mundial do comércio móvel é de 107% ao ano. A previsão da companhia é que, diante deste ritmo, esse mercado movimente cerca de R,4 bilhões em 2016. "Para entrar em um cenário competitivo é necessário de adaptar ao e-commerce e desenvolver sites responsivos para atender a uma crescente demanda", aponta o CEO.

Se o investimento em mobile ainda não é uma realidade tão significativa, a presença dos sites de venda nas redes sociais se tornou bastante representativa. Mais de 60% dos e-commerces estão conectados para ouvir os clientes e também divulgar seus produtos. O segmento utiliza as postagens de imagem e vídeos para demonstrações de uso e tutoriais, por exemplo. "Essa é uma maneira de uma empresa pequena alcançar seu público sem investir em um formato tradicional e mais caro, como o de comerciais de TV", explica Rodrigues. O Facebook é a rede mais utilizada, seguida por Twitter, YouTube e Instagram.

Quando o assunto é forma de pagamento os meios tradicionais como depósito em conta, boleto ou envio de encomenda a cobrar superam outros métodos de transação como o uso da própria ferramenta PayPal, para pagamento com cartão de crédito, por exemplo. Apenas 41,21% oferecem a forma de pagamento eletrônica. "A gente nota que existe uma preocupação maior com a segurança e isso reflete em investimento e amadurecimento do comércio eletrônico. Uma experiência mais segura e rápida nas transações beneficiam tanto os compradores como as lojas", explica o diretor de marketing do PayPal, Renato Pelissaro.

O crescimento demonstrado na pesquisa não reflete, porém, para todo o Brasil. A maior parte dos sites que movimentam as negociações online estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Em Pernambuco o e-commerce apresentou um  crescimento de 9,18%. A distribuição geográfica é clara quanto as regiões que possuem mais demanda de envio de compras pela internet. No estado de São Paulo estão concentradas 56,38% de todos os milhões de sites de vendas e foi o único estado que superou o número no período de um ano.

Uma das explicações para o aumento de lojas online no cenário geral, no entanto, é, além da facilidade de compra, a crise econômica. "Um site de venda pode ser uma alternativa diante de uma dificuldade financeira. Se alguém sabe fazer bem um trabalho artesanal, por exemplo, pode criar um e-commerce sem necessariamente ter um CNPJ, sem a burocracia de abrir empresa e investindo bem pouco em algo que pode ter um retorno rápido", diz o o CEO da BigData.

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