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| Foto: Facebook/Reprodução |
Uma investigação entre polícia e rede social consegue identificar autores de comentários racistas contra a jornalista brasiliense Cristiana Damacena, 25 anos, mesmo que a conta do usuário seja falsa, ou removida da web. É o que explica o especialista em direito digital, Leonardo Zanatta. "Se houver uma cooperação entre a rede social e a polícia brasileira é fácil chegar até os responsáveis por atos racistas, ainda que tudo seja deletado", disse. Em muitos casos, os agressores usam perfis falsos para propagar mensagens de ódio, mas, ainda assim, segundo o advogado, é possível rastrear o usuário.
Zanatta destacou que o uso da internet merece cuidados e um deles é se atentar para a 'política de uso' disponível nas redes sociais, e bloquear o acesso de desconhecidos ao conteúdo de perfis pessoais. "A prevenção inibe inúmeros crimes, não só o racismo", finalizou. Thiago Pierobom, responsável pelo Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), informou que o caso da jornalista ainda não chegou oficialmente ao MP, mas que a polícia vai encaminhar assim que concluir o inquérito. Segundo Pierobom, os responsáveis podem ser denunciados pelo crime de injúria racial e pegar até três anos de prisão.
Relembre o caso
Cristiane publicou uma foto em 24 de abril e vem recebendo dezenas de comentários preconceituosos desde o dia 29. "Quanto está esta escrava?" e "macaca" são apenas alguns exemplos das duras ofensas. A publicação soma mais de 17 mil curtidas e 12 mil comentários. Diante da agressão gratuita, internautas se solidarizaram com a jornalista e usaram o mesmo espaço, antes tomado por xingamentos, para ressaltar a beleza de Cristiane e prestar apoio.
