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Notícia de TECNOLOGIA
Competição Aplicativo para tablet feito por brasileiro concorre a prêmio da ONU O órgão busca ferramentas mobile que fazem diferença na sociedade. O Livox busca incluir pessoas com dificuldade na fala.

Publicado em: 20/01/2015 13:35 Atualizado em: 20/01/2015 14:55

Tudo começou há três anos, e a ideia surgiu a partir das dificuldades enfrentadas por Clara, 7 anos, filha de Carlos, que tem paralisia cerebral. Foto: Livox/Divulgação.
Tudo começou há três anos, e a ideia surgiu a partir das dificuldades enfrentadas por Clara, 7 anos, filha de Carlos, que tem paralisia cerebral. Foto: Livox/Divulgação.

Um dos maiores dramas de quem tem algum tipo de deficiência física é frequentar a escola e tentar aprender o conteúdo da mesma forma que os outros alunos. Pensando nisso, os pernambucanos Carlos Edmar Pereira e Paulo Henrique Rodrigues criaram um software para tablets que pudesse aprimorar as habilidades desses estudantes, especialmente os que têm dificuldade na fala.

A possibilidade de mudar, radicalmente, a forma como as pessoas com necessidades especiais se comunicam fez com que o aplicativo se tornasse um dos finalistas do World Summit Award Mobile Content, uma premiação da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca soluções tecnológicas móveis que "façam a diferença".
 
Tudo começou há três anos, e a ideia surgiu a partir das dificuldades enfrentadas por Clara, 7 anos, filha de Carlos, que tem paralisia cerebral. "O Livox oferece conversão de texto e símbolos em voz com sons naturais", explica o idealizador. Para quem tem boa coordenação motora, mas não consegue falar, basta escrever. Quem não tem, pode utilizar figuras.
 
"As pessoas com dificuldades não usam o tablet da mesma forma que a gente. Por isso, desenvolvemos um algoritmo capaz de perceber o usuário. Dependendo da forma como ele toca a tela, que pode ser até batendo, ele faz vários cálculos para se adaptar às necessidades motoras do indivíduo."
 
Além disso, há ferramentas que ajudam a ler, escrever e fazer cálculos matemáticos. No primeiro uso, já é possível programá-lo e escolher a interface que mais se adequa. Até o momento, o app está disponível em 25 idiomas, apenas para Android, e é utilizado por mais de 10 mil pessoas, segundo Carlos.
 
No WSA, o Livox concorre, junto a outros quatro aplicativos (de Gana, Palestina, Filipinas e Portugal), pela categoria Inclusão e Empoderamento. No ano passado, o app ganhou um prêmio nacional da ONU, de melhor em educação do país, e outro de inovação tecnológica de maior impacto em Washington (EUA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Para saber mais, clique aqui.
 
Brasil na reta final
 
Outros dois apps brasileiros também estão na disputa. O Sistema Ambiental Paulista, disponível para Android, localiza parques, checa a qualidade do ar e mostra onde estão os locais de reciclagem, entre outras funções, e concorre na categoria Meio ambiente e Saúde.
 
Já o Colab.re analisa como a população está recebendo os serviços públicos em tempo real, a fim de construir um banco de dados e possibilitar os cidadãos fazer sugestões - no Brasil, o app gratuito já é usado por 50 mil pessoas, nas plataformas Android e iOS. O Colab.re concorre na categoria Governo e Participação.
 
Você pode votar no seu projeto favorito neste link até o 26 de janeiro. A votação popular não é o único critério de decisão, mas o júri vai levar em conta a opinião do público na premiação.

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