SAÚDE

Dia Mundial do Combate a AIDS: 64% dos brasileiros não usam preservativo na relação sexual

Médica explica importância da prevenção e os avanços no diagnóstico nos dias de hoje

Publicado em: 01/12/2023 10:42 | Atualizado em: 01/12/2023 10:55

Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais (vaginal, oral ou anal), previne a transmissão do vírus (crédito: Freepik)
Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais (vaginal, oral ou anal), previne a transmissão do vírus (crédito: Freepik)

Com a proximidade do Dia Mundial do Combate a AIDS, que acontece nem 1° de dezembro, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 64% da população não usa preservativos na relação sexual e 33% dos brasileiros já mantiveram relação sem camisinha fora do relacionamento. O estudo também mostra que aproximadamente 1 milhão de pessoas tiveram diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.

 

Segundo a diretora de marketing da DKT South America, Luciana Persoli, um dos motivos levantados nessa avaliação para justificar a queda é a de que os jovens vêm se preocupando menos com a possibilidade de contrair uma IST e mais com as chances de uma gravidez indesejada.

 

“Atualmente, existem muitos tipos de anticoncepcionais capazes de fornecer um planejamento familiar, mas uma gestação não é a única consequência que se pode adquirir depois de uma relação sexual. Nesses casos, o preservativo é o único método capaz de evitar a transmissão de um vírus e/ou doença”, explica.

 

Médica ginecologista pelo Centro de Referência em Saúde da Mulher e Conselheira Fiscal da Associação, Mulher, Ciência e Reprodução Humana no Brasil (AMCR), Zoila Medina afirma que, nos dias de hoje, a AIDS continua sendo um problema de saúde global, com avanços importantes na prevenção, tratamento e diminuição da mortalidade.

 

“A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é transmitida principalmente pela via sexual, relações sexuais desprotegidas, por isso é importante lembrar do uso de preservativo, em todas as formas de relações”.

 

Ela diz que o diagnóstico precoce e o tratamento efetivo têm avançado, assim como na conscientização e redução do estigma associado à doença. “Mas, mesmo assim, temos muitos desafios no acesso universal aos serviços de saúde, a prevenção e o diagnóstico precoce”.

 

A médica lista medidas e comportamentos que podem prevenir a transmissão do vírus:

 

- Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais: vaginal, oral ou anal

 

- Existem duas estratégias conhecidas como PrEP e PEP. A primeira é o uso de medicamentos antirretrovirais em pessoas soronegativas que se expõem a situações de risco. A segunda é uma medida de emergência na qual se faz o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição

 

- Testagem regular

 

- Redução de parceiros sexuais ou contatos de risco

 

- Acesso aos serviços médicos de forma precoce durante a gravidez, parto e puerpério

 

- Conscientização, redução do estigma e acesso à saúde 

 

As informações são do Estado de Minas. 

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