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/Foto: Pixabay
O cabelo tem uma grande representatividade e simbolismo para as pessoas em diversos aspectos e sua perda em geral costuma afetar a autoestima e qualidade de vida da maioria. No entanto, é preciso primeiramente distinguir a queda normal, que varia em média entre 50 e 150 fios diários, da alopecia, mais conhecida popularmente como calvície.
O cirurgião plástico André Eyler, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e American Society of Plastic Surgeons, aponta que os sinais em ambos os casos são bastante similares, porém a calvície não deve ser confundida com a queda de cabelo. Por isso é recomendado buscar um especialista assim que observar uma perda acentuada além dos padrões e inclusive uma queda capilar pode ser provocada por várias doenças, excesso de medicamentos, estresse entre outros fatores.
Existem alguns tipos de alopecia, sendo a mais comum a alopecia androgenética, sobretudo no sexo masculino, que é causada pela herança genética. Entretanto, este é um problema que atinge tanto homens quanto as mulheres apesar de se manifestar de modo diferente entre os gêneros. O que há em comum é o fator genético. Nas mulheres, por exemplo, frequentemente não é localizada, ou seja, se distribui por todo o couro cabeludo, por isso é menos visível ao menos no começo.
Já nos homens a perda gradual dos fios é mais difusa no topo da cabeça e na região frontal, as famosas entradas. “É importante ficar atento com uma queda e perda capilar significativa, pois ela pode indicar uma patologia ou evoluir para a calvície. O processo de calvície está também relacionado com a genética e este fato se dá quando o hormônio testosterona se encontra com uma das enzimas que temos no organismo chamada 5 alfa-redutaze e forma a di-hidrotestosterona, responsável pelo afinamento, rarefação e queda dos fios. A calvície não é só aquela careca e sim vários estágios de perda de cabelos”, explica o Dr. André Eyler.
Mas, dependendo do caso, é possível reverter definitivamente o problema quando há indicação do transplante capilar cirúrgico, uma técnica plástica reconstrutora que permite reparar a calvície e é minimamente invasiva. O ideal é iniciar o tratamento quando a perda de fios não se prolongou e estendeu em excesso porque é imprescindível que haja folículos na área doadora. Além disso, também pode ser feita nas sobrancelhas.
De acordo com o cirurgião plástico, o método considerado mais moderno e avançado atualmente de transplante capilar é com a técnica FUE (Follicular Unit Extraction), que obtém os fios da área doadora para o transplante capilar removendo fio a fio, sem a necessidade de incisão, o que não deixa a cicatriz linear característica de outros procedimentos. “A FUE é realizada por meio da coleta de unidades foliculares do cabelo, que são implantados na região calva. Traz um aspecto de crescimento natural da região afetada pela alopecia e com cicatrizes bem menores comparadas a demais cirurgias”, acrescenta o Dr. Eyler
Para um resultado seguro e eficaz é possível obter até 2.000 folículos na extração de unidades foliculares, cada qual com até quatro fios de cabelos. “Os benefícios são a prevenção da queda de cabelo, crescimento de fios na região e aumento da densidade e massa capilar da linha frontal”, garante o médico.