MUDANÇAS
Após janela partidária, PSB ganha cadeiras na Câmara Municipal e fortalece governo
Podemos, Solidariedade, PRTB e PSC não possuem mais vereadores no Recife
Por: Guilherme Anjos
Publicado em: 08/04/2024 05:03
Janela partidária permitiu que vereadores trocassem de partidos (Reprodução/Câmara Municipal do Recife) |
O mês de março foi marcado pela janela partidária, intervalo que permite que parlamentares eleitos em pleitos proporcionais cujo mandato termina no ano da eleição troquem de partido sem perder o mandato. O prazo de trinta dias chegou ao fim na última sexta-feira (5), e 14 vereadores mudaram de sigla.
A legenda do prefeito do Recife, João Campos (PSB) saiu ainda mais fortalecida do período. Os socialistas conquistaram 12 cadeiras em 2020, mas chegam às majoritárias de 2024 com 15 vereadores. Se filiaram o ex-PCdoB Almir Fernando, a ex-Podemos Andreza Romero, e os ex-PP Chico Kiko e Eriberto Rafael, enquanto Alcides Neto foi para o Avante. Já a sigla detentora da maioria esmagadora de cadeiras, o PSB aumentou a diferença.
Enquanto os socialistas aumentam seus números, os demais partidos parecem se dissolver. A legenda com a segunda maior quantidade de vereadores, o PP, perdeu o posto com a saída de três dos seus quatro parlamentares eleitos - Doduel Varela, que foi ao PSD, além de Kiko e Rafael, agora no PSB. Os progressistas ganharam Ronaldo Lopes, de saída do PSC, mas não foi o bastante para recuperar o status.
Quem assume a segunda posição na Câmara é o PT, com três vereadores - um dos únicos que não viu nenhuma movimentação durante o intervalo. Os petistas fazem federação com outros dois partidos, o PCdoB e o PV, que apesar de terem sofrido mudanças em suas cadeiras, não interferiram no número total de seis parlamentares. Os comunistas perderam Almir Fernando, enquanto o PV ganhou o ex-PRTB Marco Aurélio Filho e passou a ter representatividade no município.
Outros partidos até então sem qualquer representante e que ganharam vereadores foram o Novo, com Felipe Alecrim (ex-PSC); o PRD, com Gilberto Alves (ex-Republicanos); e o Rede, com Ebinho Florêncio (ex-Podemos) - dando mais um nome para a federação com o PSOL, que não passou por alterações. O PSDB, União Brasil, Cidadania e PROS também não sentiram a utilização da janela.
Em contrapartida, quatro siglas desapareceram da Câmara. O Podemos foi preterido por seus três parlamentares: Romero (PSB), Florêncio (Rede) e Tadeu Calheiros, agora no MDB. O Solidariedade perdeu seus dois representantes: Rodrigo Coutinho, agora no Republicanos, e Paulo Muniz, no PL. O PSC também acabou sem suas duas cadeiras - Lopes (PP) e Alecrim (Novo) - enquanto o PRTB ficou sem Marco Aurélio Filho (PV), seu único vereador.
Retificando aliança com o PSB e João Campos, o MDB já deu início ao objetivo firmado de aumentar seu peso na Câmara em 2024 com a filiação de Tadeu Calheiros, um dos nomes de saída do Podemos. Já na oposição, o PL também viu um singelo aumento nas configurações, com a chegada de Muniz (ex-Solidariedade), enquanto o Republicanos manteve os números, trocando Gilberto Alves (PRD) por Coutinho (ex-Solidariedade).
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