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Política
ELEIÇÕES

Veja as curiosidades do 1º turno das eleições 2022

Publicado: 10/10/2022 às 10:55

/Foto: Divulgação

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve o maior índice de votação da história do país no domingo (02), no primeiro turno das eleições, foram 57.258.115 votos. O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) também bateu o recorde, com 51.071.277 votos, que foi superior à recebida no primeiro turno de 2018, ano em que foi eleito. Nunca um candidato tinha recebido a marca expressiva de 50 milhões de votos na primeira rodada das eleições. Houve um crescimento do eleitorado. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorreu um aumento de 6,21% do número de eleitores em 2022, comparado a 2018. Neste ano, 156.454.011 cidadãos estavam aptos para votar, compareceram efetivamente 123.679.629. O evento teve o maior número de eleitores da história.
 
 
Veja quantos votos os principais candidatos à presidência receberam no primeiro turno comparado a eleição anterior. 

2022

Lula (PT): 57.259.504 votos
Jair Bolsonaro (PL): 51.072.345 votos
Simone Tebet (MDB): 4.915.423 votos
 
2018
Jair Bolsonaro (PSL): 49.277.010 votos
Fernando Haddad (PT): 31.342.051 votos
Ciro Gomes (PDT): 13.344.371 votos
 
Na disputa pela presidência deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu em todos os estados do Nordeste. Já Bolsonaro (PL) teve maior quantidade de votos nos estados do Centro-Oeste, no Sul e no Distrito Federal. No sudeste, Bolsonaro teve melhor desempenho que Lula, ficou à frente em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo; enquanto Lula venceu em Minas Gerais. O Norte ficou dividido entre os dois candidatos, Lula ganhou em quatro estados (Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins); e Bolsonaro , em três (Acre, Rondônia e Roraima). Na apuração do domingo (02), Lula foi votado em 14 unidades da federação e no exterior, já seu adversário, Bolsonaro teve mais votos em 12 estados e no DF.

PL de Bolsonaro terá a maior bancada do Senado em 2023
 
O Partido Liberal terá a maior bancada no Senado Federal, foram eleitos oito senadores, com isso, ocupará 14 das 81 cadeiras do Senado no próximo ano.
 
Veja a lista de senadores que o PL elegeu: 
 
Espírito Santo: Magno Malta
Goiás: Wilder Morais
Mato Grosso: Wellington Fagundes (reeleito)
Rio de Janeiro: Romário (reeleito)
Rio Grande do Norte: Rogério Marinho
Rondônia: Jaime Bagattoli
Santa Catarina: Jorge Seif
São Paulo: Marcos Pontes
 
Além deles, continuam na bancada do PL em 2023: os senadores Carlos Portinho (PL-RJ); Carlos Viana (PL-MG); Flávio Bolsonaro (PL-RJ); Jorginho Mello (PL-SC); Marcos Rogério (PL-RO) e Zequinha Marinho (PL-PA).

Dos 17 ex-ministros do Presidente Jair Bolsonaro (PL) disputaram as eleições deste ano, nove foram eleitos no primeiro turno. Dentre eles, cinco irão para o Senado: Damares Alves (Republicanos-DF), ex-titular da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos; Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional; Marcos Pontes (PL-SP), ex-titular da Ciência e Tecnologia; Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura; e Sérgio Moro (União Brasil-PR), que comandou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Quatro vão para a Câmara dos Deputados: Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), ex-titular do Turismo; Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde; Osmar Terra (MDB-RS), ex-titular da Cidadania; e Ricardo Salles (PL-SP), que foi o ministro do Meio Ambiente. Pazuello foi o segundo deputado federal com mais votos no Rio, foram 205,3 mil votos. Já Salles, com 640,9 mil votos, ocupou o quinto lugar de mais bem votado em São Paulo.
 
Outros cinco ex-ministros de Bolsonaro foram derrotados nas urnas: Abraham Weintraub, ex-titular da Educação, e Luiz Henrique Mandetta, que comandou a Saúde. Weintraub tentou uma vaga de deputado federal pelo PMB de São Paulo e Mandetta, uma de senador pelo União Brasil do Mato Grosso do Sul. Além de João Roma (PL), candidato ao governo da Bahia e ex-ministro da Cidadania; Flávia Arruda (PL), candidata ao Senado pelo Distrito Federal e ex-ministra da Secretaria de Governo; e Gilson Machado (PL), candidato ao Senado por Pernambuco e ex-ministro do Turismo.
 
O deputado Clodoaldo Magalhães recebeu 110.620 mil votos, ficou entre os dez parlamentares mais votados de Pernambuco, sendo o 1º deputado federal  a ser eleito pelo Partido Verde na história do estado. O deputado tinha sido esnobado pelo seu antigo partido, PSB, que não o apoiou nas grandes lideranças no Estado. O candidato surpreendeu por ter sido votado em quase todos os municípios de Pernambuco, apenas não recebeu voto em cinco cidades, das 184 que formam o território.
 
O deputado federal mais jovem do Nordeste foi Lula da Fonte (PP), eleito com 94.122 votos. Junto a ele estão o sergipano Ícaro de Valmir (PL), e Amom Mandel (Cidadania), do Amazonas, que se destacam como os mais novos do país, com 21 anos. Lula da Fonte está concluindo o curso de Direito e foi Presidente do PP Jovem e Presidente do PP no Recife, atualmente é o Vice-Presidente Estadual. 

Diversidade nas eleições 2022
 
A Câmara dos Deputados está se tornando mais diversa, o deputado gay Fábio Félix (PSOL), foi reeleito como o parlamentar mais votado na história de Brasília, com 51.792 votos. Nas eleições de 2018, o parlamentar ficou na 26ª posição de mais votado , com 10.955 votos.
 
As mulheres tiveram destaque nas eleições de Pernambuco. O Senado Federal, em 2023, terá a primeira mulher a ocupar uma das três vagas determinadas ao estado. Teresa Leitão (PT) foi eleita com mais de 2 milhões de votos ou 46,1%. Ela substituirá, no Congresso, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), eleito em 2014. Outras duas mulheres irão disputar o cargo de governadora no próximo domingo (30), segundo turno das eleições: Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB). 
 
Neste ano, 32 mulheres se candidataram no país para ocupar o posto, diante de 170 homens. Apenas uma mulher foi eleita governadora no primeiro turno: Fátima Bezerra, do PT, foi reeleita no Rio Grande do Norte. 9 das 27 unidades da federação não tiveram nenhuma candidata disputando o cargo: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Já os estados que mais tiveram candidatas foram: Minas Gerais (5), Paraná (3), Pernambuco (3) e Rio Grande do Norte (3). Houve ainda, a escolha do maior número de deputadas federais, sendo três representantes: Clarissa Tércio (PP), Maria Arraes (Solidariedade), e Iza Arruda (MDB).
 
Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), foram eleitas seis candidatas na bancada feminina: Delegada Gleide  ngelo (PSB), Simone Santana  (PSB), Socorro Pimentel (União Brasil), Débora Almeida (PSDB), Rosa Amorim (PT) e Dani Portela (PSOL). Assim,  o número de eleitas na Alepe diminuiu em relação à eleição de 2018, quando a bancada feminina contou com dez parlamentares. 
 
Abstrações, votos brancos e nulos 
 
Mais de 32 milhões de eleitores não compareceram às urnas, no último domingo (2), de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A abstenção atingiu 20,9%, sendo o maior percentual desde 1998, quando 21,5% não votou. Já o percentual de brancos e nulos foi o menor desde 1994. Dados levantados pelo TSE mostram que foram 5,4 milhões ou 4,41% do total. Em 2018, foram 8,8%.

 

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