MIGRAÇÃO

Petistas e psolistas pernambucanos reagem à migração de Jean Wyllys entre os partidos

Publicado em: 21/05/2021 14:13 | Atualizado em: 21/05/2021 15:30

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Lideranças pernambucanas comentaram sobre a migração do ex-parlamentar Jean Wyllys do PSOL para o PT, anunciada na quinta-feira (20). Socialistas afirmaram que a cumplicidade com Wyllys não sofrerá alterações e petistas ressaltam a importância do trabalho que o ex-parlamentar agregará à sigla. A cerimônia oficial  de ingresso ao PT acontecerá de maneira virtual nesta segunda-feira (24), participarão lideranças petistas como Lula e Dilma Rousseff.

A vereadora Dani Portela (PSOL) ressaltou que, mesmo com a mudança de partido, Jean Wyllys continuará sendo um aliado importante na “defesa da democracia”. “A saída do PSOL para o PT deixa ele no mesmo campo, o da defesa de democracia e criação de pontes para derrotar o projeto violento, o mesmo que fez Jean sair do país”, ponderou a parlamentar. Segundo Dani, Wyllys foi uma figura de grande contribuição para o PSOL. “Acredito que fará o mesmo pelo PT e nós continuaremos aliados no mesmo campo”, comentou.  O psolista Ivan Moraes também destacou o papel que Jean Wyllys desenrolou em sua legenda, afirmando que o colega continuará atuando em causas importantes após a migração. “Ele continua nosso aliado nas mesmas lutas. É natural em algum momento a pessoa se identificar mais com uma organização do que com outra, mas continuamos do mesmo lado”, comentou o vereador.

 

Dentro do PT, lideranças como Humberto Costa e Marília Arraes celebraram o “grande quadro”, expressão usada pelos dois parlamentares, que a entrada de Wyllys na sigla representa. “O PT só tem a ganhar com a filiação de um nome como o de Jean. Tenho certeza que a sua chegada vai contribuir muito com o PT e com o Brasil”, comentou o senador. A deputada pontuou que a entrada de Wyllys no PT era motivo de “muito orgulho”. “Ter alguém como Jean militando lado a lado, no mesmo partido, nos dá ainda mais ânimo para essa luta”, destacou Arraes.

Para a vereadora Liana Cirne (PT), a entrada de Jean Wyllys no PT não foi nenhuma surpresa. A vereadora havia entrevistado o ex-parlamentar em junho de 2020, no programa Quarentena, da TV 247 e na ocasião, Liana afirmou já estar evidente para ela a migração do colega entre as legendas. “A mudança é muito coerente com a trajetória de Jean Wyllys. Há muitas lideranças encontrando no PT essa conciliação de desejos para o país”, comentou Cirne. “Esse combo de Lula candidato à presidência e Jean voltando do exílio é motivo de muita comemoração. Estamos tomando as rédeas da luta política”, afirmou a vereadora.

O deputado federal Carlos Vera concordou com os parlamentares, afirmando que o partido teria uma “dura missão pela frente” e a chegada de Wyllys iria agregar no objetivo da sigla. “Sua experiência e coragem já demonstradas vão fortalecer ainda mais a atuação do nosso partido”, destacou. O petista Oscar Barreto, membro da direção estadual da legenda, reforçou a fala dos colegas e acrescentou que a migração de partidos se deu por causa dos movimentos do ex-presidente Lula. “O Lula traz esperança e engaja lideranças afastadas pelo obscurantismo. São novas filiações de esperança, a volta do Lula trouxe Jean .Que venham mais Jean Wyllys à todos os partidos democráticos”, assinalou.


Mudança
Jean Wyllys anunciou sua migração do PSOL para o PT na quinta-feira (20). O futuro petista afirmou à revista VEJA que sua decisão foi para contribuir em uma formação de frente democrática.

O ex-parlamentar ressaltou que não pretende se candidatar e nem assumir algum cargo no governo, caso o PT chegue à presidência. Jean comentou que ajudaria na construção de um plano de governo sustentável que defenda os Direitos Humanos e combata a disseminação de fake news, das quais ele mesmo foi vítima. “Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”, publicou em seu Twitter, citando Os Titãs (Go Back).

Wyllys estava isolado na Europa desde 2018, após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), sua amiga e colega de partido. Jean saiu da política e do país por receber diversas ameaças de mortes. À entrevista, o ex-parlamentar destacou que sua volta está condicionada à garantia de sua segurança e integridade física.

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