Salles celebrava em Noronha antes do comentário 'Nhonho' no Twitter de Maia

Poucas horas antes da postagem em que chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de 'Nonho', o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estava numa confraternização em um dos bares mais badalados de Fernando de Noronha. Ele foi flagrado sentado numa mesa, acompanhado do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e de empresários locais, como o dono de uma das pousadas mais famosas do arquipélago. Segundo informações da revista Crusué, o grupo consumiu garrafas de vinho branco no estabelecimento. 

Ainda segundo a publicação, Salles chegou à ilha nessa quarta-feira (28) para cumprir agenda oficial, ao lado de Marcelo Álvaro Antônio e do presidente da Embratur, Gilson Machado. O ministro do Meio Ambiente chegou ao bar no fim da tarde e ficou por pelo menos três horas e meia no local. 

Na manhã desta quinta-feira (29), o ministro Ricardo Salles deletou sua conta no Twitter após ter afirmado "que alguém se utilizou indevidamente" do seu perfil. A declaração foi uma resposta à repercussão negativa sobre o comentário em seu nome numa publicação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na rede social. Na noite dessa quarta-feira (28), o ministro respondeu a um post de Maia, chamando-o de "Nhonho", uma referência ao um personagem do seriado de TV mexicano, Chaves. 

"Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto à conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião, sempre mantive relação cordial", escreveu. 

Os atritos na Esplanada se tornaram públicos desde a última quinta-feira (22), após Salles chamar no Twitter o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, de "Maria Fofoca". O que levou Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), saírem em defesa do articulador do governo com o Congresso.

"O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu Maia na ocasião. No último domingo (25), o chefe do Meio Ambiente recuou e pediu "desculpas pelo excesso". Já Ramos, por sua vez, disse que "uma boa conversa apazigua as diferenças".

Com informações do Correio Braziliense e da Revista Crusoé.