No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas são agredidos em ato pró-governo, em Brasília
Publicado em: 03/05/2020 19:57
Manifestantes pró-governo fazem ato em Brasília (Evaristo Sa/AFP) |
Em manifestação anterior na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul de Recife, que aconteceu no dia 15 de março, um sapato e uma garrafa de água chegaram a ser arremessados contra um fotógrafo da Folha de Pernambuco e protestantes hostilizaram a fotógrafa Bruna Costa, do Diario de Pernambuco.
De acordo com Marcílio Valença, essas não são atitudes comuns ou incentivadas pelos manifestantes. %u201CPosso garantir que fazemos protestos pacíficos, sem violência ou depredação. Mas é muito fácil se infiltrar em manifestações. As pessoas que agiram desta forma não faziam parte do movimento, apenas vestiram uma camisa amarela e tentaram sujar o ato%u201D.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse em uma rede social que repudia com veemência as agressões contra profissionais de saúde e de comunicação, se referindo ao episódio ocorrido no fim de semana, em Brasília, contra um grupo de enfermeiros que se manifestava por melhores condições de trabalho e foram agredidos por apoiadores do presidente. "Que o Dia da Liberdade de Imprensa alerte o país sobre a importância de se unir em torno de ideais humanitários, com respeito às pessoas e às instituições.Todos precisamos da ciência e da informação. O Brasil precisa de ação integrada, com paz e responsabilidade, para superar o momento mais difícil e poder retomar, gradualmente, a vida sem isolamento", disse.
Já a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em nota, se solidarizou com os agredidos, chamando atenção "da sociedade brasileira para a perigosa escalada da agressividade e da violência dos seguidores do presidente Bolsonaro, não só em relação a profissionais de imprensa como a autoridades da República e opositores".
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