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Parlamentares classificam pronunciamento de Bolsonaro como irresponsável

Publicado em: 25/03/2020 09:30 | Atualizado em: 25/03/2020 10:10

 (Divulgação/Humberto Costa/Raul Henry)
Divulgação/Humberto Costa/Raul Henry
O senador Humberto Costa (PT-PE) classificou o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, em cadeia nacional, nesta terça-feira (24) como criminoso e irresponsável. Segundo o senador, as declarações do presidente tentam esconder a gravidade da pandemia de coronavírus que tem se espalhado pelo mundo, deixando milhares de vítimas. "Esse governo não tem mais salvação. Ele chegou ao fim da linha".

"Lamentável, é inconcebível que alguém que deveria ter a responsabilidade de um chefe de Estado aja dessa maneira. Em todos os países do mundo, dos mais desenvolvidos aos mais pobres, os governantes têm se preocupado em preservar e garantir a vida das pessoas. Aqui no Brasil, no entanto, o presidente se coloca contra a ciência, contra o que dizem os profissionais de saúde pública e apregoa medidas que vão fazer com que essa pandemia possa ser ainda mais grave", afirmou o senador.

Além de Humberto, outros parlamentares se pronunciaram contra a fala do presidente que criticou o fechamento de escolas, a atuação dos governadores e da mídia.

Foi o caso do deputado federal Raul Henry (MDB-PE) que considerou que o presidente "parece estar alheio a tudo que acontece no mundo e começa a acontecer no Brasil. Para vencer o coronavírus, temos que fazer o que é certo, realizar o isolamento social e abreviar esse drama. Ao mesmo tempo, precisamos dotar de recursos o sistema público de saúde e apoiar os trabalhadores, as empresas, as pessoas com atividades informais e os mais pobres, que dependem dos programas sociais. Se cada um fizer a sua parte, vamos atravessar mais rapidamente este momento de ameaça e sofrimento. Farei a minha parte no Congresso Nacional".

Nesta terça-feira (24) o presidente voltou a falar sobre "gripezinha" ao se referir sobre o novo coronavírus. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade”, destacou. 

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