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PANDEMIA

Bolsonaro prevê caos com medidas protetivas contra coronavírus

Publicado em: 25/03/2020 09:56

O presidente, em entrevista à imprensa, na manhã desta quarta-feira, disse que a economia pode colapsar, arrastando a democracia junto. (Foto: Isac Nóbrega/PR)
O presidente, em entrevista à imprensa, na manhã desta quarta-feira, disse que a economia pode colapsar, arrastando a democracia junto. (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Um dia depois de reiterar que estaria havendo ‘histeria’ em face da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o País está à beira do caos. “Se a economia colapsar, o caos está aí na nossa cara. Vamos ter problemas. Saque de supermercados...”, previu o o presidente, na manhã desta quarta-feira (25), na portaria do Palácio da Alvorada, em entrevista à imprensa.

Para Bolsonaro, não só a estabilidade economia do país está ameaçada, como consequência das medidas protetivas para coibir a pandemia no país, com aval das autoridades sanitárias de todo o mundo, em especial o isolamento social.

Bolsonaro disse que o país poderá, além  de entrar em recessão econômica, “sair da normalidade democrática". "Que vocês tanto adoram”, disse aos jornalistas o presidente da República,  depois de se referir aos protestos recentes da população no Chile. Diante de medidas antidemocráticas e impopulares do governo chileno, a população foi à ruas protestar.

“O que aconteceu no Chile ( onde houve saques e outras cenas de vandalismo, com forte repressão militar) será fichinha perto do que acontecerá no Brasil”, disse Bolsonaro.

Isolamento vertical
Bolsonaro afirmou ainda que pedirá ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia do novo coronavírus.

Conforme o presidente, ele vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.

Após fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de comércios e escolas, o chefe do Planalto pediu a adoção do que chamou de "isolamento vertical", ou seja, somente para idosos e portadores de comorbidades.

"Conversei por alto com o Mandetta ontem (terça). Hoje vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. "A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação." 
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