Diario de Pernambuco
Busca

POLÊMICA

Após repercussão negativa, presidente da Câmara de Camaragibe retira de pauta PL contra anticoncepcionais

Publicado em: 13/03/2020 15:14


Toninho pediu desculpas depois da recepção negativa do projeto (Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Camaragibe)
Toninho pediu desculpas depois da recepção negativa do projeto (Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Camaragibe)
 
 
O presidente da Câmara dos Vereadores de Camaragibe, Toninho (PP), retirou de pauta, nesta sexta-feira (13), o Projeto de Lei (PL) que proibia o comércio, propaganda, distribuição ou “implantação” de anticoncepcionais do município. A proposta, de autoria do próprio parlamentar, foi recebida com indignação por setores da sociedade civil. Um protesto está marcado para o dia 17 de março, dia em que o PL entraria em 2ª votação.

O ato é chamado de  "Mulheres contra a lei 042/2020", e está marcado para às 8h. Em nota, as organizadoras exigem que o parlamentar "crie projetos de leis que não viole os nosso direitos. Tendo em vista que já existem leis federais que tornam legal o uso de métodos contraceptivos". 

O vereador, por meio de nota à imprensa, pediu “desculpas às mulheres que se sentiram ofendidas”. No texto, o parlamentar afirma “entender que o tema se trata de uma questão de saúde pública; além de defender que políticas públicas são construídas com discussão das classes envolvidas e de maneira democrática”. 

Sobre o projeto, o próprio Toninho afirmou que ““visa valorizar a vida. Por isso, queremos proibir que o Sistema de Saúde Municipal faça propagandas, distribua ou implante micro abortivos como  o dispositivo intrauterino (DIU), a pílula só de progestógeno (minipílula), o implante subcutâneo de liberação de progestógeno (Norpant), a pílula do dia seguinte, a pílula RU 486, a vacina anti-HCG e qualquer outro dispositivo, substância ou procedimento que provoque a morte do ser humano já concebido, ao longo de toda sua gestação”.

Na nota mais recente, o vereador reitera que seu objetivo “era preservar a vida, principalmente, vidas inocentes; além da mãe, já que muitos desses micro abortivos oferecem riscos para a gestante”. Ele afirmou que deve convocar audiência pública para “ouvir da população e envolvidos (as), a melhor maneira de se trabalhar o tema”.

Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL