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PREVENÇÃO

Acesso restrito e auditório fechado na Alepe em meio à crise do Covid-19

Publicado em: 16/03/2020 17:42 | Atualizado em: 16/03/2020 19:28

Corredores vazios na Alepe nesta segunda-feira (16) (Foto: Fillipe Vilar / Esp. DP)
Corredores vazios na Alepe nesta segunda-feira (16) (Foto: Fillipe Vilar / Esp. DP)

 
O movimento na Alepe foi baixo nesta segunda-feira (16). Reflexo da crise do coronavírus no Estado, que registrava 18 casos confirmados do vírus até a publicação desta matéria. De acordo com a assessoria de comunicação da Casa Legislativa, a política interna foi de restringir a circulação de pessoas nos corredores da Assembleia.

O auditório ficou fechado durante a Sessão Plenária, iniciada em cerca de 14h. Por volta das 17h, uma reunião ocorreu entre os parlamentares e o governador Paulo Câmara (PSB), onde os deputados se puseram à disposição para auxiliar o Executivo no momento de crise.

Na Alepe, as reuniões solenes foram suspensas, além dos expedientes especiais. A administração da Alepe liberou funcionários com doenças crônicas e com mais de 60 anos, grupos que estão mais propícios às consequências graves do coronavírus. 

A Alepe renovou o estoque de álcool em gel em pontos de higienização nos corredores. A Assembleia decidiu por fazer rodízio nas superintendências. Segundo a Casa, a TV Alepe estava com funcionamento normal e deve continuar transmitindo as Sessões Plenárias enquanto houver atividade parlamentar. 
 
O auditório da Assembleia foi fechado ao público (Foto: Fillipe Vilar / Esp. DP)
O auditório da Assembleia foi fechado ao público (Foto: Fillipe Vilar / Esp. DP)
 

A administração deixou o controle de circulação de pessoas nos gabinetes a cargo dos próprios deputados. Dos 50 parlamentares, 29 estiveram presentes na Casa. As falas no plenário giraram em torno da crise do Covid-19. 

Para o deputado Henrique Queiroz Filho (PL), ressaltou a ausência de movimento na Casa no dia de hoje. “Os corredores da Assembleia estão parecendo uma cidade fantasma, parece um dia de feriado. As pessoas que vieram aos gabinetes  não estão frequentando os corredores”, comentou.

“O nosso gabinete recomenda para quem venha para cá de transporte público, evite um horário com um fluxo maior de pessoas. Vamos conversar para  ver se diminuímos ou deixamos os mesmos os dias de sessões aqui na Casa”, continuou Queiroz. 

Clarissa Tércio (PSC) relatou que alguns colegas parlamentares estão com sintomas de gripe e preferiram não ir à Alepe nesta segunda. “Alguns deputados fecharam completamente seus gabinetes, outros diminuíram em 50% a circulação de funcionários”, contou.

Joel da Harpa (PP), afirmou que decisão da Mesa Diretora teve uma iniciativa correta ao cancelar a entrada de pessoas na Alepe. “Os próprios deputados em seus gabinetes também precisam essa cautela”, comentou.

“Esse exemplo sai daqui para a sociedade como um todo. Todo mundo nesse momento tem que contribuir e esperar as determinações dos profissionais da área de saúde”, continuou Joel. Para ele, a possibilidade futura de cancelar todos os trabalhos na Assembleia é correta, para evitar ao máximo a propagação do coronavírus em meio à emergência global.

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