Antônio Campos relata ameaças e pede proteção à Polícia Federal

Após prestar depoimento ao Ministério Público Federal na última sexta-feira (7), o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos (sem partido), relatou estar sofrendo com ameaças diretas e veladas e solicitou proteção integral para ele e sua família. 

No pedido protocolado na sede da Polícia Federal em Recife na manhã desta terça-feira (11), Antônio solicita a proteção estatal com o objetivo de "proteger sua integridade física e garantir o que preciso ainda testemunhar". Segundo o advogado Weryd Simões, responsável pelo caso, “a expectativa é de que seja deferida imediatamente, ele corre risco de vida e nós precisamos que a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça tomem as medidas cabíveis”.

O presidente da Fundaj foi convocado a prestar depoimento no MPF após uma entrevista concedida à Revista Época em que afirmou haver "preponderância excessiva da Odebrecht em Pernambuco”. O caso que corre sob segredo de justiça tem relação com as gestões do PSB em Pernambuco e envolve autoridades com prerrogativa de foro privilegiado.

Durante o depoimento que se prolongou por cerca de três horas, Antônio já havia relatado as ameaças e anexado documentos que comprovariam a intimidação. Segundo o advogado, a situação estaria se acentuando nos últimos dias. “A partir da sexta-feira essas ameaças foram intensificadas, diante dessa gravidade nós comunicamos ao Ministério Público Federal em Pernambuco, a Polícia Federal em Pernambuco já foi comunicada, agora estamos pedindo a proteção do ministro da Justiça, Sergio Moro”.  

Procurada para comentar o caso, a assessoria do PSB em Pernambuco informou, por meio de nota, que refuta as insinuações do advogado Weryd Simões de que as supostas ameaças sofridas por seu cliente teriam alguma relação com membros do partido. "Relacionar a prática de ameaças ao PSB é desconhecer a história do partido", diz o texto.