Política
Entrevista
Ao SBT, Dias Toffoli diz que CPI da Lava Toga é 'desnecessária'
Publicado: 06/10/2019 às 15:30

"O país precisa é de paz entre os poderes, porque o povo quer emprego", afirma Dias Toffoli. Foto: Divulgação/SBT/

“O país precisa é de paz entre os poderes, porque o povo quer emprego, quer a economia crescendo. Qualquer tipo de embate entre os poderes que extrapola o que é o cumprimento da lei só vai prejudicar o cidadão”, declarou. Vale lembrar que o deputado pernambucano Luciano Bivar pediu ao filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, que se articulasse para derrubar a Lava Toga.
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Dias Toffoli também comentou sobre as recentes movimentações da suprema corte sobre a Lava-Jato. Em 3 de outubro, seria votado no STF limites para a força-tarefa - algo que poderia anular algumas condenações. Mas na véspera, o julgamento foi adiado. Toffoli não acredita que a medida prejudicaria o combate à corrupção no Brasil. “A medida vai trazer segurança jurídica para que tribunais país afora não derrubem decisões por conta do afoitamento de se passar por cima do direito de defesa", ponderou.

Outro assunto da entrevista foram as declarações do ex-procurador da República Rodrigo Janot, que disse ter desejado “dar um tiro” no ministro Gilmar Mendes. “É preocupante uma alta autoridade, tendo ocorrido ou não o fato, reproduzir ou dizer isso. Isso faz com que pessoas que, às vezes, não têm capacidade de entender as coisas se sintam autorizadas a praticar um (ato) ilícito”, criticou.
Ainda, foi posto em pauta a investigação do Supremo sobre fake news e ameaças a magistrados. “Enquanto houver fato, haverá inquérito. Esse inquérito descobriu na deep web ataques terroristas. Ataques com ligação com ligação a pessoas que já fizeram outros atentados gravíssimos”, alertou. No entanto, Toffoli não quis dar maiores detalhes por questões “de segurança”.
A entrevista foi concedida ao jornalista Fernando Rodrigues, novo apresentador da nova versão do Poder em Foco. Durante uma hora de entrevista, Dias Toffoli falou também que vai colocar em julgamento este ano o questionamento sobre a prisão após condenação em segunda instância, fez um balanço sobre seu primeiro ano como presidente do STF e defendeu absoluta transparência nos atos do Judiciário. O programa vai ao ar à 0h, logo após o Programa Silvio Santos.
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